sábado, janeiro 24, 2009

 

Morrer em Cristo

SÃO PAULO - A Associação dos Advogados Criminalista do Estado de São Paulo (Acrimesp) informou que foi procurada por 40 famílias que devem entrar com acção na Justiça por danos morais e materiais contra a Igreja Renascer em Cristo.
O tecto da sede mundial desabou no domingo, no Cambuci, zona sul de São Paulo, e deixou nove mortos e 108 feridos.
Segundo o presidente da Acrimesp, Ademar Gomes, os familiares devem formar uma Associação de Vítimas da Renascer para organizar a acção.

quinta-feira, setembro 25, 2008

 

Hospitais da Universidade de Coimbra

CONVITE

No próximo dia 30 de Setembro de 2008, vai promover-se uma sessão comemorativa do Dia de S. Jerónimo, Padroeiro dos Hospitais da Universidade de Coimbra.

Durante a cerimónia serão homenageados os profissionais com 25 anos ao serviço dos HUC e os que recentemente se aposentaram. À sua dedicação, competência e profissionalismo se fica a dever muito do prestígio dos HUC.

O Conselho de Administração tem a honra de convidar todos os profissionais a associarem-se a este evento.

Programa

9,30h Celebração eucarística por Sua Excelência Reverendíssima o Bispo de Coimbra (Capela dos HUC)

10,30h Abertura da sessão solene no Auditório Principal.
Intervenção do Presidente do Conselho de Administração dos HUC

11h Lançamento da Campanha “Mãos Limpas, Mãos Seguras”

11,30h Entrega de medalhas a funcionários que completaram 25 anos ao serviço da Instituição e homenagem aos que se aposentaram


Comentário do Diário Ateísta: Eis a falta de pudor republicano e o espírito beato de um Conselho de Administração.

sexta-feira, dezembro 28, 2007

 

Novo endereço do Diário Ateísta

Caros leitores,

O Diário Ateísta mudou-se aqui mesmo para o lado. Agora, o DA encontra-se no seguinte endereço:

http://www.ateismo.net

Solicitamos a todos os nossos leitores que actualizem as suas ligações. No caso dos leitores por cliente RSS, sugerimos que visitem o nosso site onde poderão encontrar referência aos serviços actualizados de RSS.

Esperamos com esta alteração contribuir para uma ainda melhor divulgação do ateísmo em português. Muito obrigado.

terça-feira, dezembro 25, 2007

 

Deus é anticlerical

+
Alijó: Padre sequestrado, despido e espancado quando ia celebrar a Missa do Galo

segunda-feira, dezembro 24, 2007

 

Quem sabe, faz...

...Quem não sabe, abençoa

Cerca de 60 grávidas foram ontem abençoadas pelo cardeal patriarca de Lisboa, Sr. José Policarpo, em Lisboa, numa cerimónia em que a tónica foi a importância da maternidade «como abertura à criação de uma obra de Deus», noticia a Lusa.

Comentário: E eu a julgar que a gravidez ainda se fazia pelo método tradicional, com a abertura a precisar de um homem.

sexta-feira, dezembro 21, 2007

 

Natal

Quando eu nasci, a quatro dias do solstício de Inverno do ano de 1942, ia a meio a guerra que grassava na Europa e alastrava pelo mundo, não havia Natal na casa dos pobres. E pobres eram quase todos, também aqueles que os mais pobres diziam ricos por o serem menos.

A guerra, não aquela que a Senhora de Fátima dissera à Lúcia que ia acabar mas a seguinte, mais devastadora, que nenhuma delas (a Senhora de Fátima ou a Lúcia) sabia então que eclodiria mais tarde, dizimava nações e judeus na orgia anti-semita de renascidas rivalidades tribais herdadas pelo Império Romano, com erros de tradução, e na volúpia de interesses económicos que eu desconhecia.

Não havia de facto Natal embora eu só o pudesse saber alguns anos depois numa aldeia muito mais pobre onde não ia o Menino Jesus por não ter onde deixar as prendas, dado andarem descalços os meninos e não terem as casas chaminé por onde descer. Em minha casa eram os meus pais que o substituíam comprando alguma roupa de que os filhos andassem precisados, guloseimas e, às vezes, um carrinho de corda no meu sapatinho e bonecas nos das minhas irmãs.

Os meninos sabiam que era Natal − talvez o fosse noutras localidades… −, por ouvirem dizer em casa e na catequese e por verem os anjos, na igreja e na escola, pendurados em fios, a fazerem voo picado sobre os presépios. E eram bonitos os presépios porque eram coloridos os músicos da banda, os camelos e os reis magos, as ovelhas e o cão, e o burro e a vaca que, à falta de outra energia, aqueciam S. José, a Virgem e o Menino, saídos todos da paciência e perícia de um oleiro.

Nas casas, o vento e o frio entravam pelos buracos das paredes e fisgas da telha vã levando chuva ou neve que se fundia por entre o fumo da lenha húmida enquanto as fonas caíam na mesa “de preguiça” que, girada a cravelha, desencostava da parede rodando as dobradiças e equilibrando-se na única perna que a nivelava. Era ali que fumegava a sopa e as parcas vitualhas que chegavam à mesa dos pobres onde o Natal não ia.

Na cidade havia polvo seco, a partir de Novembro, dependurado do tecto das mercearias e enormes peixes de bacalhau da Noruega que as pessoas não imaginavam ser um país mas sabiam os merceeiros que a referência à origem valorizava a mercadoria. Mas quem podia almejar tais iguarias com o jornal, quando o havia, a oito mil réis (oito escudos) os homens e a cinco as mulheres, para arranjar pão que os garotos, que nasciam como cogumelos, logo devoravam.

No solstício de Inverno era o frio que comandava a tosse e o catarro, trazia as amigdalites e a febre e substituía o Natal de outras paragens pelo chá de cidreira, a escaldar, e a enxerga que amparava o corpo. A fé exigia orações mas à força do hábito as pessoas balbuciavam-nas como quem fala só, sem saber porquê.

A ausência de Natal não impedia a liturgia e as orações. Diz-me a observação que a fome faz bem à alma, desperta a piedade e aproxima as pessoas do divino, mas ainda hoje me interrogo como podiam os pobres agradecer a refeição que não lhes matava a fome e, algumas vezes, era a fome que os matava a eles.

Celebrar uma festa, seja pelo nascimento de um Deus ou de um filho, exige comida para aconchegar o estômago e líquidos capitosos que soltem a língua e o regozijo e dêem às reuniões o júbilo que o estômago vazio e a sede indeferem.

Naquele tempo, nas aldeias mais pobres da Beira Alta, disse-o há pouco e já o repito, não havia Natal. Só no calendário. As crianças andavam descalças sobre palha, ouriços e folhas que apodreciam na rua para adubo dos campos, sempre avaros a produzir, e recolhiam a casa a tiritar de frio sem que à mesa notassem a mais leve suspeita do nascimento de algum Deus.

Com as senhas de racionamento a não poderem ser levantadas pelos pobres, por falta de dinheiro, lá iam os géneros para a candonga enquanto os infelizes se resignavam à sorte que lhes cabia. Na missa o padre José Dâmaso recordaria a protecção divina que confiou Portugal ao homem providencial que nos livrou da guerra e punha as pessoas a rezar para que Deus desse a Salazar vida longa e o iluminasse com a sabedoria. Só o primeiro pedido foi atendido mas, nessa altura, ninguém o adivinhava. Nem adivinhava, tão-pouco, que, tendo-nos livrado dessa guerra – como dizia o padre Dâmaso –, nos reservaria outra, mais adiante no tempo.

Hoje, quando regresso à minha Beira natal recordo os meninos pobres da aldeia onde não volto com medo de ainda achar aquela fome que vi nos olhos dos que não comiam, com remorso de ter comido, com vergonha da sorte que me cabia.

Anos mais tarde despovoava-se o país de homens, sangrado na loucura da Guerra Colonial e na vaga da emigração clandestina, para fugirem à fome uns, para fugirem à guerra e à fome outros, enquanto as mulheres mantinham as terras a dar o que era possível e punham os filhos a estudar, numa lenta e inexorável transformação que mudaria a face de Portugal. Tinham-se alterado os costumes quando a fome se afastou e no sítio dos presépios da minha infância começaram a surgir árvores de Natal e prendas em papel colorido trazidas pelo Pai Natal em trenós puxados por renas.

Naqueles anos não havia Natal porque a pobreza o não permitia. Faltou-lhe depois o afecto que unia as pessoas e o vagar que dá tempo às celebrações e aos rituais. Antes não era por falta de fé ─ tão parcas eram as vitualhas que as pessoas enganavam a fome a cuidar da alma ─, era por falta de posses para fazer a festa. Agora, vai deixando de ser pretexto para os encontros de família à medida que as pessoas aderem a novas liturgias nas catedrais do consumo e se vão desinteressando do nascimento do Deus que lhes ensinaram.

Do Natal que foi nos sítios onde o havia e do que não era nas localidades onde não chegava resta a memória dorida de um país cujo progresso estava em sintonia com a imobilidade das figuras do presépio.

Revista de Natal - Jornal do Fundão, 20-12-2007
 

Natal


Quando eu nasci, a quatro dias do solstício de Inverno do ano de 1942, ia a meio a guerra que grassava na Europa e alastrava pelo mundo, não havia Natal na casa dos pobres. E pobres eram quase todos, também aqueles que os mais pobres diziam ricos por o serem menos.


A guerra, não aquela que a Senhora de Fátima dissera à Lúcia que ia acabar mas a seguinte, mais devastadora, que nenhuma delas (a Senhora de Fátima ou a Lúcia) sabia então que eclodiria mais tarde, dizimava nações e judeus na orgia anti-semita de renascidas rivalidades tribais herdadas pelo Império Romano, com erros de tradução, e na volúpia de interesses económicos que eu desconhecia.


Não havia de facto Natal embora eu só o pudesse saber alguns anos depois numa aldeia muito mais pobre onde não ia o Menino Jesus por não ter onde deixar as prendas, dado andarem descalços os meninos e não terem as casas chaminé por onde descer. Em minha casa eram os meus pais que o substituíam comprando alguma roupa de que os filhos andassem precisados, guloseimas e, às vezes, um carrinho de corda no meu sapatinho e bonecas nos das minhas irmãs.


Os meninos sabiam que era Natal − talvez o fosse noutras localidades… −, por ouvirem dizer em casa e na catequese e por verem os anjos, na igreja e na escola, pendurados em fios, a fazerem voo picado sobre os presépios. E eram bonitos os presépios porque eram coloridos os músicos da banda, os camelos e os reis magos, as ovelhas e o cão, e o burro e a vaca que, à falta de outra energia, aqueciam S. José, a Virgem e o Menino, saídos todos da paciência e perícia de um oleiro.


Nas casas, o vento e o frio entravam pelos buracos das paredes e fisgas da telha vã levando chuva ou neve que se fundia por entre o fumo da lenha húmida enquanto as fonas caíam na mesa “de preguiça” que, girada a cravelha, desencostava da parede rodando as dobradiças e equilibrando-se na única perna que a nivelava. Era ali que fumegava a sopa e as parcas vitualhas que chegavam à mesa dos pobres onde o Natal não ia.


Na cidade havia polvo seco, a partir de Novembro, dependurado do tecto das mercearias e enormes peixes de bacalhau da Noruega que as pessoas não imaginavam ser um país mas sabiam os merceeiros que a referência à origem valorizava a mercadoria. Mas quem podia almejar tais iguarias com o jornal, quando o havia, a oito mil réis (oito escudos) os homens e a cinco as mulheres, para arranjar pão que os garotos, que nasciam como cogumelos, logo devoravam.


No solstício de Inverno era o frio que comandava a tosse e o catarro, trazia as amigdalites e a febre e substituía o Natal de outras paragens pelo chá de cidreira, a escaldar, e a enxerga que amparava o corpo. A fé exigia orações mas à força do hábito as pessoas balbuciavam-nas como quem fala só, sem saber porquê.


A ausência de Natal não impedia a liturgia e as orações. Diz-me a observação que a fome faz bem à alma, desperta a piedade e aproxima as pessoas do divino, mas ainda hoje me interrogo como podiam os pobres agradecer a refeição que não lhes matava a fome e, algumas vezes, era a fome que os matava a eles.


Celebrar uma festa, seja pelo nascimento de um Deus ou de um filho, exige comida para aconchegar o estômago e líquidos capitosos que soltem a língua e o regozijo e dêem às reuniões o júbilo que o estômago vazio e a sede indeferem.


Naquele tempo, nas aldeias mais pobres da Beira Alta, disse-o há pouco e já o repito, não havia Natal. Só no calendário. As crianças andavam descalças sobre palha, ouriços e folhas que apodreciam na rua para adubo dos campos, sempre avaros a produzir, e recolhiam a casa a tiritar de frio sem que à mesa notassem a mais leve suspeita do nascimento de algum Deus.

Com as senhas de racionamento a não poderem ser levantadas pelos pobres, por falta de dinheiro, lá iam os géneros para a candonga enquanto os infelizes se resignavam à sorte que lhes cabia. Na missa o padre José Dâmaso recordaria a protecção divina que confiou Portugal ao homem providencial que nos livrou da guerra e punha as pessoas a rezar para que Deus desse a Salazar vida longa e o iluminasse com a sabedoria. Só o primeiro pedido foi atendido mas, nessa altura, ninguém o adivinhava. Nem adivinhava, tão-pouco, que, tendo-nos livrado dessa guerra – como dizia o padre Dâmaso –, nos reservaria outra, mais adiante no tempo.


Hoje, quando regresso à minha Beira natal recordo os meninos pobres da aldeia onde não volto com medo de ainda achar aquela fome que vi nos olhos dos que não comiam, com remorso de ter comido, com vergonha da sorte que me cabia.


Anos mais tarde despovoava-se o país de homens, sangrado na loucura da Guerra Colonial e na vaga da emigração clandestina, para fugirem à fome uns, para fugirem à guerra e à fome outros, enquanto as mulheres mantinham as terras a dar o que era possível e punham os filhos a estudar, numa lenta e inexorável transformação que mudaria a face de Portugal. Tinham-se alterado os costumes quando a fome se afastou e no sítio dos presépios da minha infância começaram a surgir árvores de Natal e prendas em papel colorido trazidas pelo Pai Natal em trenós puxados por renas.

Naqueles anos não havia Natal porque a pobreza o não permitia. Faltou-lhe depois o afecto que unia as pessoas e o vagar que dá tempo às celebrações e aos rituais. Antes não era por falta de fé ─ tão parcas eram as vitualhas que as pessoas enganavam a fome a cuidar da alma ─, era por falta de posses para fazer a festa. Agora, vai deixando de ser pretexto para os encontros de família à medida que as pessoas aderem a novas liturgias nas catedrais do consumo e se vão desinteressando do nascimento do Deus que lhes ensinaram.


Do Natal que foi nos sítios onde o havia e do que não era nas localidades onde não chegava resta a memória dorida de um país cujo progresso estava em sintonia com a imobilidade das figuras do presépio.

Revista de Natal - Jornal do Fundão, 20-12-2007
 

Teodemocracia

Pat Condell coloca, mais uma vez, as coisas no sítio certo :




Teodemocracia. O passo inevitável para o regresso do «JC».
O dia chegará onde a palavra «democracia» vai poder ser retirada, e a teocracia Americana poderá confrontar a teocracia Islâmica no grande combate para ver qual dos profetas é o que chega primeiro.

Façam as contas.

Para saber mais, visite o NOVA

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Humor: Eddie Izzard em criacionismos e dilúvios

quinta-feira, dezembro 20, 2007

 

A ICAR sempre soube que vigarizava

Fonte - O FOZCOENSE - Quinzenário católico e regionalista N.º 1959/15-12.2007
Director: P.e José da Silva
 

Vaticano contra «A Bússola Dourada»

O Vaticano, através do seu órgão central de propaganda, criticou o filme «A Bússola Dourada», que acusa de mostrar um «mundo sem Deus» e de promover a ideia de que os indivíduos podem controlar os acontecimentos e serem senhores do seu destino. Não é surpreendente: o ódio clerical à liberdade humana é recorrente. Desta vez, excitou-se com esta grande produção norte-americana que conta com Nicole Kidman e Daniel Craig nos papéis principais.

A campanha católica contra o filme, a mais violenta desde «O Código Da Vinci», é tanto mais estranha quanto o realizador teve o cuidado de eliminar (censurar) tudo o que pudesse «ofender os sentimentos religiosos» (ou a ICAR), o que prova, mais uma vez, que nem o mais «religiosamente corrigido» dos filmes satisfaz o zelo fundamentalista dos herdeiros da inquisição.

O filme «A Bússola Dourada» foi o mais visto em Portugal na semana de 6 a 12 de Dezembro, com mais de 74 mil espectadores. Todavia, há quem insista em que os portugueses (ainda) são muito católicos. Fantasias.

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deus é o meu co-piloto

Mais uma vez, a cultura da «crendice» sobrepõem-se aquilo que deve ser o louvar das qualidades humanas e o facto que, por vezes, há coincidências felizes

Um pai e os seus filhos na Califórnia estavam desaparecidos há já 3 dias numa zona de floresta tornada inacessível por uma grande tempestade de neve. Tinham desaparecido quando foram encontrar uma árvore de natal.

O pai, Frederick Dominguez, saiu a correr do sítio onde ele e os seus
filhos se tinham abrigado quando ouviu o som de um helicóptero da California Highway Patrol à distância. Vendo o helicóptero, acenou com vigor, o que o piloto, quando se preparava para fazer uma inversão de sentido para voltar à base, viu pelo canto do olho. Localizada a família, encontrou-se um lugar para descer o aparelho, recolher os pobres coitados enregelados e voar de volta para o calor e a segurança da civilização.

Quando perguntaram ao paramédico que voava no helicóptero o que achava sobre o que tinha acontecido, resposta pronta deste: «tem de ser um milagre».

Ver aqui

E pronto. De pouco importa a coragem, determinação do pai, ou o treino do piloto. «Foi um milagre». Para que agradecer ao resto?

Adenda

Após ter lido João Pedro Moura de Matosinhos na caixa de comentários, não resisto a colocar o link para a mesma notícia, mas neste caso sobre o prisma da direita religiosa Americana, espelhada por esse bastião de «jornalismo» isento, a FOX News.

Father, 3 Kids, Missing in Northern California Mountains Says He Overcame Fear With Faith
(Pai, 3 filhos, perdidos nas montanhas do norte da Califórnia diz que superou o seu medo com recurso a fé)
Realmente, se usou a sua fé, porque não apareceu a ajuda mais cedo?!? E porque foi tão díficil a ajuda que quase não acontecia??

O deus cristão como o mais preguiçoso de todos os deuses.

Para saber mais, visite o NOVA

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Humor: Creationism with Ricky Gervais

 

A escolha livre dos pais e a imposição dos padres

Na sequência do post do Bruno Resende vou também escrever algumas linhas sobre a escolha livre dos pais.

A ICAR, quando refere a escolha livre dos pais, quer apenas dizer que a liberdade reside no carácter obrigatório de impor nas escolas públicas a disciplina de Religião e Moral católicas. Era o que acontecia no meu tempo na escola primária e no liceu onde só 1 (um) aluno, em cerca de mil, estava dispensado por ser filho de pais protestantes.

Lembro-me bem da humilhação a que foi submetido, obrigado a entrar na primeira aula do ano e na forma como o padre Cabral lhe dizia que estava dispensado das aulas de Religião e Moral que ele ministrava com inexcedível zelo e violava em Salamanca por exigência do cio.

Já é surpreendente que sejam os padres a bater-se pelo que chamam a escolha livre dos pais, sem procuração dos reprodutores passada a não praticantes, e é intolerável que se faça catequese em escolas públicas, a pessoas de menor idade e a expensas do Estado.

A Igreja católica, à semelhança das irmãs desavindas, com quem partilha o proselitismo e a intolerância, não desiste de doutrinar crianças com a bondade dos seus taumaturgos, o martírio do seu Deus e as ameaças do Inferno.

Se em democracia se mostram dialogantes, eu sei do que são capazes quando têm poder e do que pretende aquela figura sinistra que do Vaticano quer transformar o mundo num protectorado. É mais subtil do que são os trogloditas da Al-Qaeda mas o proselitismo e a intolerância são iguais.

quarta-feira, dezembro 19, 2007

 

Petição católica porque sim

Ora com truques de malabarismo arcaico lá se lança a Igreja Católica novamente às questões educativas, existe um problema qualquer baseado numa coisa qualquer que eles sabem existir, se bem que mais ninguém sabe, nem eles contam para não estragar a surpresa. A Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade (CNIS) vai lançar uma petição pela livre escolha dos pais na educação dos filhos, segundo declarações do clérigo Lino Maia, presidente da entidade católica que é independente de religiões e politiquices, e que actua, obviamente, sem fins lucrativos.

"É o Ministério da Educação que não reconhece o direito de escolha dos pais." asseverou o clérigo relativamente ao problema aludido anteriormente, aquele sobre uma coisa qualquer, coisa debatida com o Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social e fica o recado do pároco, afinal o problema sobre a coisa é maior que o esperado, "Esta é uma questão a ser resolvida na Assembleia da República.". Felizmente o clérigo analisa a situação actual e identifica-a como "relativamente serena".

A petição nacional servirá "para consagrar o direito de escolha dos pais na educação dos filhos", a melhor forma de a Igreja Católica "acautelar o futuro e garantir um direito constitucional" relativamente aos problemas vigentes com a educação, nomeadamente aqueles referidos anteriormente, a falta de liberdade dos pais relativamente a qualquer coisa, e a problemática associada à ausência de factores que permitem resolver umas coisas que interagem com outras coisas, também elas bastante problemáticas.

Felizmente os problemas estão a ser resolvidos, e à frente deles está o Cidadão Anónimo Do Ano, quem mais, o clérigo Lino Maia, escolha feita pelo Rádio Clube Português e o Jornal Metro. Identificados os problemas sociais urge resolvê-los, sociólogos estão melhor nas salas de espera dos centros de emprego pois a Igreja Católica erradica os problemas sociais em Portugal e não só, a África Subsariana desenvolve-se a olhos vistos sob a alçada da solidariedade católica, brevemente é vê-los competir com a Suécia, Noruega, Dinamarca e outros países com irreligiosidades exacerbadas, os quais aparecem bem à frente de todas as listas de bem-estar social, listas essas que certamente estão erradas.

Links úteis:
Agência Ecclesia: Petição pela escolha livre dos pais - Lista dos problemas porque sim
Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade
Lista de países por Índice de Desenvolvimento Humano
Top 50 countries with highest proportion of Atheists/Agnostics

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