quinta-feira, outubro 07, 2004
Pobre Universidade Católica
O Reitor da Universidade Católica Portuguesa, Manuel Braga da Cruz, ontem, durante a sua tomada de posse, queixou-se da falta de apoios por parte do Estado.
«Retiraram-nos apoios financeiros, tentaram dividir-nos geograficamente, quiseram eliminar a nossa liberdade e autonomia, pretenderam impedir-nos de prosseguir com algumas actividades, como aconteceu com o prestigiado centro de sondagens, passamos a ser o país da Europa onde o Estado menos apoia as universidades católicas, de acordo com um estudo recentemente elaborado pela Federação Europeia das Universidades Católicas. E tudo isto, apesar de ninguém ser capaz de negar os relevantes serviços prestados ao país, a excelência do ensino que praticamos», lamentou.
A Universidade Católica é uma universidade privada e, como tal, retira o seu financiamento das propinas que os seus alunos pagam... porque escolheram aquela instituição privada para prosseguirem os seus estudos superiores, tendo possibilidades económicas para o fazerem. Para além disso, o Estado tem vindo a cortar no financiamento das suas próprias instituições de ensino, obrigando-as a aumentar as propinas, a cortar na acção social escolar e a abortar quaisquer possibilidades de melhoria quer das suas instalações quer mesmo do seu corpo docente. Ora, se não há fundos para sustentar o ensino superior público (esse sim tendencialmente gratuito) porque é que a Universidade Católica se arroga do direito de estender a mão quando tem «clientes» mais do que suficientes para a sustentarem Porque é que não recorre à ICAR e às suas múltiplas organizações para pedir financiamento? Porque é que o Estado laico deverá dar preferência àquela instituição em detrimento das outras?
«Retiraram-nos apoios financeiros, tentaram dividir-nos geograficamente, quiseram eliminar a nossa liberdade e autonomia, pretenderam impedir-nos de prosseguir com algumas actividades, como aconteceu com o prestigiado centro de sondagens, passamos a ser o país da Europa onde o Estado menos apoia as universidades católicas, de acordo com um estudo recentemente elaborado pela Federação Europeia das Universidades Católicas. E tudo isto, apesar de ninguém ser capaz de negar os relevantes serviços prestados ao país, a excelência do ensino que praticamos», lamentou.
A Universidade Católica é uma universidade privada e, como tal, retira o seu financiamento das propinas que os seus alunos pagam... porque escolheram aquela instituição privada para prosseguirem os seus estudos superiores, tendo possibilidades económicas para o fazerem. Para além disso, o Estado tem vindo a cortar no financiamento das suas próprias instituições de ensino, obrigando-as a aumentar as propinas, a cortar na acção social escolar e a abortar quaisquer possibilidades de melhoria quer das suas instalações quer mesmo do seu corpo docente. Ora, se não há fundos para sustentar o ensino superior público (esse sim tendencialmente gratuito) porque é que a Universidade Católica se arroga do direito de estender a mão quando tem «clientes» mais do que suficientes para a sustentarem Porque é que não recorre à ICAR e às suas múltiplas organizações para pedir financiamento? Porque é que o Estado laico deverá dar preferência àquela instituição em detrimento das outras?
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