sexta-feira, novembro 26, 2004
A fé do general da R.M.S.
Na Região Militar Sul, o Exército português pode falhar o alvo, mas acerta na hóstia; talvez não saiba orientar-se na guerra mas sabe, em tempo de paz, encontrar o caminho da missa; não será exímio em manobras mas é insuperável em «Encontros Jubilares». Antigamente os generais preparavam as tropas para o combate, hoje orientam os soldados para a salvação da alma. Em vez da carreira de tiro preferem celebrações religiosas e substituem a táctica militar pela divulgação dos dogmas religiosos.
Esta é a conclusão a tirar do convite feito pelo General Comandante da Região Militar Sul ao bispo Januário para um encontro em Vila Viçosa, com os militares, funcionários civis e familiares das Unidades, Estabelecimentos e Órgãos sob o seu comando. O objectivo é celebrar os cento e cinquenta anos do dogma da Imaculada Conceição, proclamada padroeira de Portugal por D. João IV, função nunca homologada em Diário da República após a instauração da democracia em Portugal.
Integrada no programa militar, teve lugar a Celebração Mariana e a reflexão sobre «Nossa Senhora da Conceição e o seu Santuário Nacional», pelo padre Mário Tavares, seguida da Eucaristia presidida pelo bispo das Forças Armadas e das Forças de Segurança, a quem coube, certamente, disparar hóstias tendo como alvo a boca dos militares.
É verdade que as Forças Armadas Portuguesas se cobriram de glória em 1820, 1910 e 1974 mas não foi, certamente, com a ajuda da padroeira que no tempo de D. João IV não era ainda virgem. O dogma da virgindade é uma bizarria que se deve a PIO IX, um papa ultra-reaccionário e anti-semita que, depois de ter condenado o socialismo, a democracia, o liberalismo e a maçonaria, excomungou os judeus, os livres-pensadores, os que contestavam o poder temporal da ICAR e todos os que se batiam pelos valores que deram origem às modernas democracias.
Apostila: Pio IX foi ainda o inventor de um segundo dogma - o da infalibilidade papal. E, recentemente, fez um milagre encomendado e confirmado por JP2.
Esta é a conclusão a tirar do convite feito pelo General Comandante da Região Militar Sul ao bispo Januário para um encontro em Vila Viçosa, com os militares, funcionários civis e familiares das Unidades, Estabelecimentos e Órgãos sob o seu comando. O objectivo é celebrar os cento e cinquenta anos do dogma da Imaculada Conceição, proclamada padroeira de Portugal por D. João IV, função nunca homologada em Diário da República após a instauração da democracia em Portugal.
Integrada no programa militar, teve lugar a Celebração Mariana e a reflexão sobre «Nossa Senhora da Conceição e o seu Santuário Nacional», pelo padre Mário Tavares, seguida da Eucaristia presidida pelo bispo das Forças Armadas e das Forças de Segurança, a quem coube, certamente, disparar hóstias tendo como alvo a boca dos militares.
É verdade que as Forças Armadas Portuguesas se cobriram de glória em 1820, 1910 e 1974 mas não foi, certamente, com a ajuda da padroeira que no tempo de D. João IV não era ainda virgem. O dogma da virgindade é uma bizarria que se deve a PIO IX, um papa ultra-reaccionário e anti-semita que, depois de ter condenado o socialismo, a democracia, o liberalismo e a maçonaria, excomungou os judeus, os livres-pensadores, os que contestavam o poder temporal da ICAR e todos os que se batiam pelos valores que deram origem às modernas democracias.
Apostila: Pio IX foi ainda o inventor de um segundo dogma - o da infalibilidade papal. E, recentemente, fez um milagre encomendado e confirmado por JP2.
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