segunda-feira, julho 11, 2005

 

Padres, ciência e sexo

A ciência formula hipóteses, a religião impõe certezas. A primeira observa e perscruta, a segunda esconde e deturpa.

Na ciência oficiam os que investigam, nas religiões os que recitam. Uns interrogam-se, outros conformam-se. Entre os que buscam a verdade e procuram a mudança e os que carregam a mentira e defendem a tradição, vai a distância entre um ateu e um crente.

De um lado está o progresso, do outro o hábito. Uns buscam a felicidade humana, os outros a glória de Deus.

«Quem sabe faz, quem não sabe ensina». É por isso que os clérigos reclamam o ensino da educação sexual, mas um bispo a falar de sexo é como uma prostituta a exaltar a castidade. Um fala daquilo que lhe é vedado e a outra daquilo que não pratica.

A divina hipocrisia tem destas coisas.

As vestes talares dos clérigos remetem para um desejo hermafrodita em que os castos por ofício sonham com a auto-suficiência para satisfação do cio.




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