segunda-feira, março 06, 2006

 

A ciência explicará a religião

A religião é um fenómeno de origem humana, e portanto natural, que um dia poderá ser explicado pela ciência. Esta ideia simples, que me parece óbvia, está a causar alguma polémica nos EUA a propósito da publicação de «Breaking the Spell: Religion as a Natural Phenomenon», um livro de Daniel Dennet que tenta explicar o como e o porquê de os homens terem inventado os deuses.

Daniel Dennet parte do princípio, quanto a mim correcto, de que compreender a origem das religiões é antes de tudo um problema científico, porque a religiosidade é um aspecto comportamental específico da espécie humana que pode e deve ser estudado como qualquer outro comportamento. O livro irritou bastante um crítico literário do The New York Times, que viu nele «uma alegre antologia das superstições contemporâneas» e que chamou ao autor «naturalista», «materialista», «racionalista» e outros «istas» (como «ateísta») que eu só posso considerar elogios. Segundo as recensões já disponíveis, o autor usa essencialmente a biologia evolutiva e a economia como ferramentas para compreender a utilidade da religião na evolução social da humanidade. E argumenta que quando compreendermos o porquê de haver crentes (o que está longe de acontecer...) poderemos precaver-nos contra os piores aspectos da religião.

O facto de Daniel Dennet ser um ateu empenhado (e um dos proponentes do termo «bright» para designar livre-pensadores em geral) adiciona algum picante à polémica...




<< Home

Google
 
Web www.ateismo.net


As opiniões expressas no Diário Ateísta são estritamente individuais e da exclusiva responsabilidade dos seus autores, e não representam necessariamente a generalidade dos ateus. Os artigos publicados estão sujeitos aos estatutos editoriais.
As hiperligações para sítios externos não constituem uma recomendação implícita. O ateismo.net não é responsável nem subscreve necessariamente, no todo ou em parte, a informação e opinião expressa nesses sítios web.

This page is powered by Blogger. Isn't yours?