segunda-feira, março 27, 2006

 

Deus é maluco

Deus é uma infeliz criação filha da depressão, angústia e sofrimento. A agressividade das tribos guerreiras fez o deus apocalíptico, cruel, , intolerante e avesso à modernidade. A superstição e a ignorância alimentam o medo e a ânsia do poder criou o clero para explorar a fragilidade humana, pôr o mito a render e perpetuá-lo.

Nos EUA o deus é um biltre que está contra o aborto e abomina homossexuais, que fez à sua imagem e semelhança. Os pastores evangélicos, que o representam, repetem que «é preciso resgatar a nossa república das mãos dos ateus» e informaram a comunicação social de que o furacão de Nova Orleães foi «castigo de Deus», sem que um só processo por perdas e danos tenha entrado nos tribunais contra tão pérfida criatura.

Foi esse deus, aliás, que outorgou o mandato de que Bush se reclamou na guerra contra os infiéis. O presidente americano afirmou obedecer a deus e garantiu aos compatriotas o seu apoio, promessa a cujo cumprimento o velho, surdo às orações, tenta esquivar-se.

Blair, outro crente, garantiu que obedeceu aos desígnios de deus, um parente próximo do de Bush e que, portanto, só responde perante ele. Os ingleses andam confusos, não porque julguem Blair mentiroso mas porque desconfiam de deus.

O deus do Islão não é muito diferente, mas é um boçal à espera de aprender a comer com faca e garfo. Tem por hábito recomendar fatwas e pela-se por mártires. Dá-lhe estatuto, nas reuniões de deuses, exibir o número de trogloditas que se imolam.

Nutre pelas mulheres o mesmo desprezo que lhe merecem os direitos humanos e, como é chanfrado, põe os homens a rezar cinco vezes por dia com o rabo virado para o lado contrário a Meca. Rabugento, ora quer peregrinações, ora exige jejuns, ansioso por ver exterminar infiéis, que são os fiéis do deus dos EUA e do deus dos judeus de trancinhas.

O deus do Papa é independente de direita. Vacila entre Pinochet e Hitler, é mais velho e gosta de ver empregados com rendinhas, sedas e adereços hilariantes. Adora latim como o do islão se pela pelo árabe. Tem um exército de sotainas que viaja de joelhos ou de rastos para lhe mostrar a subserviência.

Este deus não pode com judeus, acha que é o único verdadeiro e que todo o mundo lhe devem obediência. Anda sempre arreliado com os parentes protestantes e, de vez em quando, fica possesso com os primos dos ortodoxos.

Sabe que é o único deus verdadeiro e que, sem ele, não há salvação. A chatice é que os outros deuses pensam o mesmo. Por isso, se os homens não os meterem nos eixos, acabam a digladiar-se enquanto no Paraíso, aqueles ranhosos se rebolam de gozo.




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