sexta-feira, dezembro 01, 2006
Lembram-se da Laicidade?
Lembram-se da Laicidade?
Muitos portugueses torcem o nariz a tudo o que cheire a laicidade. Acham provavelmente que o laicismo veio para lhes tirar a sua religião e para lhes dizer que não há nada de sagrado na sociedade, para acabar com as procissões e com os seminários.
O Laicismo não serve para nada dessas coisas. Serve para manter a religião afastada dos poderes do Estado para que todos os cidadãos possam viver cada um a sua religiosidade em igualdade de direitos independemente do tipo de culto que praticam.
Mas não só. A Laicidade serve também para proteger as religiões de interferências do Estado. Não cabe ao Estado dizer o que é ou deixa de ser religião, qual delas merece maior atenção nem usar a religiosidade dos cidadãos como factor discriminatório.
A todos os católicos que se esquecem desse outro lado do Laicismo peço-lhes que olhem para a China, onde é o Estado que ordena os bispos católicos independentemente do que os crentes possam pensar disso. Eu até acho possível e legítimo que, em gesto de anátema, alguns crentes decidam por sua mão ordenar um bispo à revelia do Vaticano. Isso já tem acontecido e deu origem a cismas e divisões de cultos. A questão é que não pode ser o Estado a fazê-lo. Na China não há liberdade religiosa porque o Estado não actua de forma laica. Espero que tristes exemplos como este sirvam ao menos para lembrar que a Laicidade é algo de bom para os crentes.
Muitos portugueses torcem o nariz a tudo o que cheire a laicidade. Acham provavelmente que o laicismo veio para lhes tirar a sua religião e para lhes dizer que não há nada de sagrado na sociedade, para acabar com as procissões e com os seminários.
O Laicismo não serve para nada dessas coisas. Serve para manter a religião afastada dos poderes do Estado para que todos os cidadãos possam viver cada um a sua religiosidade em igualdade de direitos independemente do tipo de culto que praticam.
Mas não só. A Laicidade serve também para proteger as religiões de interferências do Estado. Não cabe ao Estado dizer o que é ou deixa de ser religião, qual delas merece maior atenção nem usar a religiosidade dos cidadãos como factor discriminatório.
A todos os católicos que se esquecem desse outro lado do Laicismo peço-lhes que olhem para a China, onde é o Estado que ordena os bispos católicos independentemente do que os crentes possam pensar disso. Eu até acho possível e legítimo que, em gesto de anátema, alguns crentes decidam por sua mão ordenar um bispo à revelia do Vaticano. Isso já tem acontecido e deu origem a cismas e divisões de cultos. A questão é que não pode ser o Estado a fazê-lo. Na China não há liberdade religiosa porque o Estado não actua de forma laica. Espero que tristes exemplos como este sirvam ao menos para lembrar que a Laicidade é algo de bom para os crentes.
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