terça-feira, dezembro 26, 2006

 

Pizza infernal agita a Nova Zelândia












Hell pizza, onde os mínímos detalhes são... divinais. Gosto especialmente do pequeno caixão «para os seus restos» que o picotado da caixa revela. Em relação às pizzas, acho que voto na «Underworld».
A Hell Pizza, que comercializa, entre outras receitas deliciosas, os sete pecados mortais, resolveu promover a Luxúria, uma pizza para amantes de carne, distribuindo 170 000 preservativos em caixas com o logotipo da empresa.

A campanha do Inferno não caiu bem nos meios católicos neo-zelandeses, que seguem à risca as instruções papais e consideram o preservativo uma emanação demoníaca. Assim, ainda não refeitos do episódio Bloody Mary da série South Park, que passou na Nova Zelândia não obstante as denodadas tentativas católicas para a sua proibição, não só apelaram aos católicos locais para boicotarem os produtos infernais como apresentaram 600 queixas à Autoridade que regula a publicidade.

Kirk MacGibbon da Cinderella Marketing, a empresa publicitária do Inferno, não está muito preocupado com o boicote católico:

«Não estou muito certo quantos católicos fariam compras no Inferno, de qualquer forma» e por outro lado, uma vez que o objectivo da campanha era igualmente a sensibilização do público para as elevadas taxas de gravidez adolescente e DSTs na Nova Zelândia considera que «São pessoas como a Igreja Católica que dizem que os preservativos não funcionam como protecção de doenças sexualmente transmíssiveis e que a melhor forma de as evitar é a abstinência. Isso é um monte de disparates».

É sempre interessante confirmar que os católicos, que gritam perseguição e inventam guerras ao Natal e outros disparates sem qualquer fundamento, se acham no direito de obrigar os outros a agirem de acordo com os preceitos da sua religião. E não estou a falar do boicote, aliás adoraria que a Igreja e seus representantes apenas apelassem ao boicote, seria divertido ver quantos crentes responderiam a esses (muitos) boicotes.

Estou a falar das queixas, das tentativas de proibição de «blasfémias» e «pecados», da exigência de pedidos de desculpa a professores que «atacam» a fé dos alunos por as respectivas aulas incluirem Nietzsche, etc..

Nunca conseguirei perceber os católicos que, como alguns dos nossos leitores, consideram «ataques» à religião a mera existência de pessoas que agem e pensam de forma diferente da deles...




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