quinta-feira, fevereiro 15, 2007

 

Memórias da Irmã Lúcia no teatro

Baseada nas «Memórias da Irmã Lúcia», está a ser preparada, pelo Santuário de Fátima, e com encenação de Norberto Barroca, uma peça de teatro que procurará retratar algumas cenas da vida familiar dos Pastorinhos Videntes de Fátima, antes, durante e depois das aparições da Virgem, tendo sempre como base os escritos da Irmã Lúcia.


No princípio foi a burla. Três inocentes crianças, fanatizadas pela catequese terrorista da época, viram azinheiras que davam virgens, o Sol às cambalhotas no horizonte e ouviam vozes que pediam para rezar o terço e converter a Rússia.

Lúcia era dotada para ouvir vozes e ter visões. Instrumento de uma burla monumental, pagou com a clausura a viagem que fez ao Inferno, antes de ter sido fechado para obras por JP2, embora convencido de que o Diabo existe, como, na sua superstição, julgava.

Os três infelizes pastorinhos faltavam à escola para rezar, uma virtude cristã segundo a cartilha salazarista e a do patriarca Cerejeira.

Aterrorizaram as populações rurais e as crianças da catequese com os três segredos que a Senhora de Fátima confiou à Lúcia. Era o País beato, supersticioso e analfabeto, que viajava de joelhos para Fátima, estendia a língua à rodela de pão ázimo e rezava terços como os mullahs islamitas debitam o Corão.

Agora, 90 anos após a encenação dos milagres, depois das cartas da Lúcia a Marcelo para proibir a mini-saia e o divórcio, depois de ter sido visitada, em Tuy, por Cristo, ele próprio, vai à cena a peça «Memórias de Lúcia», a farsa promocional do santuário, com uma só virgem, três pastorinhos e muitos supersticiosos.

É o embuste místico no seu máximo delírio.




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