sexta-feira, fevereiro 09, 2007
O Opus Dei e a IVG
O Dr. Gentil Martins não se limita ao fanatismo religioso que o caracteriza, substitui-se ao Estado e à Ordem dos Médicos de que foi Bastonário.
«Para mim são licenciados em medicina, não são médicos» - afirmou em relação aos que - no caso do Sim ganhar o referendo - passem a realizar abortos até às 10 semanas. (DN, ontem, pág. 5).
Neste caso, não é o ilustre cirurgião que se pronuncia, é o exaltado membro do Opus Dei. Não é o médico respeitável mas o inquisidor fanático que, se pudesse, suspenderia das funções abnegados colegas que pensam de forma diferente.
Que o Dr. Gentil Martins prefira o aborto assistido por polícias em vez de médicos, que queira mulheres judicialmente perseguidas, que considere a prisão até 3 anos uma pena insuficiente para um crime que só as fogueiras purificariam, é uma atitude pessoal que se respeita mas não a resposta de um Estado de direito.
Este referendo não procura averiguar as considerações éticas dos eleitores em relação ao aborto. Apenas pergunta aos eleitores se desejam que continue a ser crime a interrupção da gravidez, até às dez semanas, a pedido da mulher, em estabelecimento de saúde autorizado.
É por isso que as vozes de Gentil Martins e Bagão Félix parecem saídas do Concílio de Trento, eivadas da febre das fogueiras do Santo Ofício, ao serviço de um Deus violento, cruel e apocalíptico. Que demónios escondem duas pessoas que imaginamos pacificadas com a hóstia e a missa, incapazes de uma visão totalitária sobre as convicções alheias?
DA/Ponte Europa
«Para mim são licenciados em medicina, não são médicos» - afirmou em relação aos que - no caso do Sim ganhar o referendo - passem a realizar abortos até às 10 semanas. (DN, ontem, pág. 5).
Neste caso, não é o ilustre cirurgião que se pronuncia, é o exaltado membro do Opus Dei. Não é o médico respeitável mas o inquisidor fanático que, se pudesse, suspenderia das funções abnegados colegas que pensam de forma diferente.
Que o Dr. Gentil Martins prefira o aborto assistido por polícias em vez de médicos, que queira mulheres judicialmente perseguidas, que considere a prisão até 3 anos uma pena insuficiente para um crime que só as fogueiras purificariam, é uma atitude pessoal que se respeita mas não a resposta de um Estado de direito.
Este referendo não procura averiguar as considerações éticas dos eleitores em relação ao aborto. Apenas pergunta aos eleitores se desejam que continue a ser crime a interrupção da gravidez, até às dez semanas, a pedido da mulher, em estabelecimento de saúde autorizado.
É por isso que as vozes de Gentil Martins e Bagão Félix parecem saídas do Concílio de Trento, eivadas da febre das fogueiras do Santo Ofício, ao serviço de um Deus violento, cruel e apocalíptico. Que demónios escondem duas pessoas que imaginamos pacificadas com a hóstia e a missa, incapazes de uma visão totalitária sobre as convicções alheias?
DA/Ponte Europa
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