sábado, abril 21, 2007

 

A Circuncisão de Misha

O caso de Misha relembrou-me um assunto que há muito tempo queria abordar aqui no blog.

Misha é um adolescente de doze anos em plena puberdade. O seu pai decidiu converter-se ao Judaísmo e arrastar a sua família com ele. Os líderes religiosos da comunidade judaica onde a família se inserirá recomendaram ao pai de Misha que o adolescente fosse circuncidado para facilitar o processo de inserção da família na comunidade. O pai de Misha aquiesceu ao pedido e agora pretende proceder à circuncisão do filho contra a vontade deste e da própria mãe!

Com a chegada do caso aos tribunais os veredictos nas diversas instâncias têm sido surpreendentes: os juízes têm afirmado que a capacidade de decidir sobre uma circuncisão, mesmo por outras razões que não as clínicas, estão 'dentro dos direitos de custódia parental'! O caso vai agora seguir para o Supremo Tribunal do estado do Oregon.

A circuncisão é um ritual bárbaro, com origens tenebrosas, de mutilação do pénis por razões meramente religiosas. O acto da circuncisão, quando imposta a menores, não passa de abuso infantil. Quisesse o pai cortar a ponta de um dedo ou uma orelha a Misha e os tribunais já questionavam a sua capacidade de exercer a custódia parental. Mas, ao abrigo das mais macabras tradições religiosas, o tribunal dá cobertura à decisão do pai e permite que Misha venha a ser mutilado contra a sua própria vontade.

Sobre circuncisão:

(Diário Ateísta / Penso, logo, sou ateu)




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