terça-feira, abril 17, 2007

 

Prisma visto de outro prisma

As consequências e seus actos associados são as fontes relacionadas de bem e mal, vistas como o todo de um conjunto de percepções e realidades, assim como um todo a ser criticado positiva ou negativamente. Nas situações de malefícidade à Humanidade, as acções poderão ser criticadas indiscutivelmente, se bem que o prisma de percepção seja tido como único, sendo esquecido o prisma das convicções para as quais as acções tomam sustentabilidade.

As convicções Humanas, tal quais as suas acções, derivam de relativismos que carecem de interpretações coerentes e intelectualmente honestas. Relativizar perante uma conclusão anteriormente definida retorna o erro lógico da inviabilização de tal linha de pensamento, sugerindo uma clara interpretação vista de um prisma erróneo, que deturpa a realidade tal qual ela se nos afigura. Encontrando a face do prisma correcta para criticar as acções, é necessário ir mais longe, encontrando posteriormente a outra face do prisma que nos leva às convicções semeadas das quais florescem determinadas acções.

Toda a situação de avaliar correctamente as faces dos prismas necessita de honestidade intelectual, raciocínio que começa com a recolha de evidências e não pela meta das conclusões. Conclusões antecipadas de um pensamento reduzem-se a tentar rodar prismas até que se situem na almejada meta final da conclusão. Tal conclusão nunca será válida, provavelmente até relativamente lógica, mas nunca verosímil como um todo. Tomar como ponto de partida as convicções assegura-se como a mais necessária forma de avaliar algo, as correspondentes acções.

Ao ser avaliada determinada acção, e esta recair sobre convicções idênticas, a ser maléfica, deverá ser criticada e enclausurada tal qual aprisionadas serão as pessoas que cometem acções nefastas perante a sociedade Humana. Sancionar acções danosas é obviamente correcto, assim como será correcto sancionar convicções erróneas e potencialmente transformadas em acções criminosas. Remeter convicções erróneas e nefastas à inexistência antevê uma impossibilidade lógica de acções erróneas.

Excessivas vezes assistimos a acções erradas a serem admoestadas de ainda mais erradas acções. A exponenciação de erros torna-se difícil de travar, pelo que o surto de explosões negativas se torna incontrolável, gerando causas e consequências que se ramificam indefinidamente, deixando bem longe as alusões e percepções de quais convicções nefastas estiveram na origem da formação da bola de neve. Certamente será acessível a qualquer pessoa interessada pelas situações de benefício Humano e das suas sociedades, determinar as acções como erros, e julgá-las. Tal não será tão acessível no prisma das convicções, visto estas se encontrarem atrás do prisma das acções, e muitas vezes excessivamente recuadas nas situações de causa consequência. Para tal dissecação da causa inicial, a causa de convicções das quais brotam acções danosas, será necessário um aprofundamento racional elevado, assim como uma correcta averiguação dos nevoeiros dos relativismos, acrescidos das por vezes complexas associações de causa efeito.

As acções Humanas devem ser tidas como manifestações de determinadas convicções, pelo que é imperioso ver o prisma de outro prisma.

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