quinta-feira, maio 24, 2007

 

Igrejas - Todas iguais, todas más

As Igrejas não são associações éticas e de solidariedade social, são bandos organizados para a conquista do poder. Actuam junto dos incautos para os convencer da bondade do seu Deus e, no interior do aparelho de Estado, para convencerem os que o dominam das vantagens da colaboração recíproca.

O clero duvida do dogma mas crê na eficácia de o fazer aceitar. As religiões lembraram-se de embirrar com a carne de porco como podiam ter antipatizado com as coxas de rã. Inventaram a hóstia de pão ázimo porque ignoravam o chocolate e as bolachas e porque eram mais baratas. Os sacramentos são a arreata da fé e a confissão a arma de domínio das consciências e da espionagem.

A fragilidade dos crentes é explorada até à exaustão. A morte, a doença e a angústia são o terreno fértil para a sementeira de Deus.

Vejamos o caso da família inglesa McCann e do desaparecimento da filha Madeleine, de quatro anos. A tragédia da criança, o sofrimento dos pais e a ansiedade colectiva, que a comunicação social se encarrega de estimular, deu origem à mais vasta operação de manipulação religiosa dos últimos tempos.

Hoje são as crianças da praia da Luz que se mobilizam para o terço, ontem foram os pais que se deslocaram a Fátima em oração privada, acompanhados de um batalhão de fotógrafos, operadores de câmara e jornalistas. Já lá vão 21 dias de orações, missas e novenas numa operação de proselitismo e encenação religiosa a raiar o obsceno.

Se em vez de uma criança loira, de pais da classe alta, estivessem em causa as crianças da América Latina, onde - segundo B16 - o cristianismo entrou de forma pacífica, nem uma só ave-maria tinha sido gasta. E todos os dias são aí raptadas e vendidas crianças.

Eis a hipocrisia e o oportunismo da ICAR.




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