quinta-feira, setembro 13, 2007

 

Bin Laden

Sempre que aparece, Bin Laden provoca uma onda de pânico em parte da humanidade enquanto outra exulta e anseia por se colocar ao seu serviço, por dar a vida pelo virtuoso e pio muçulmano que desafia os EUA e os países democráticos.

Há naquele biltre, misto de Urbano II e de Hitler, a demência e a maldade de ambos e o mesmo poder de sedução que o converte em condutor de massas, no Messias que os crentes aguardam, no profeta em que acreditam as multidões famintas, humilhadas e desesperadas, vítimas de uma civilização falhada e das teocracias corruptas.

No entanto o místico assassino dirige uma cruzada contra os infiéis - todos os que não lêem o Corão a seu jeito -, com a mesma fria violência com que o Papa Inocêncio III mandou massacrar os cátaros. E não lhe faltará determinação para, à semelhança de Arnaldo Amalarico, em Béziers, quando houver dúvidas sobre quem é ou não é infiel, decidir: «Matai-os a todos. Depois, no Céu, Deus distingui-los-á».

Não tenhamos ilusões. Bin Laden converteu-se num ícone que a rua muçulmana adora. Ele não é apenas o estratego que conduz uma guerra gloriosa, é o justiceiro que vai derrotar os maus e conduzir os seus devotos ao paraíso, aos rios de mel e à volúpia das 70 virgens cansadas de esperar.

O frio e cínico devoto é hoje um fenómeno de massas, o ideólogo de milhões de crentes, o mártir que fanatiza e seduz franjas de todos os estratos sociais, em todas as latitudes, sem exclusão de raças. Ele representa uma ideologia planetária, é o apóstolo do único Deus verdadeiro que um rude pastor de camelos importou para regiões tribais com erros de tradução e hábitos de brutalidade.

O fascismo islâmico é uma mancha de óleo que alastra em todas as direcções. O Corão é o Mein Kampf da horda de assassinos beatos e Bin Laden o seu Führer.




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