quarta-feira, dezembro 29, 2004

 

A maioria dos crentes

Sou da opinão que a generalidade dos crentes não são pessoas transcendentais.

Sou da opinião que a generalidade dos crentes não gosta lá muito de pensar em religião (evita a missa, a não ser para casamentos e funerais), e que pensa pouco sobre Deus, sobre o mistério da criação, sobre aquilo que Deus é.

A generalidade dos crentes na nossa sociedade, creio eu, não tem uma ideia muito concreta sobre aquilo que é Deus, nem deixa que a sua religião influencie muito o seu dia-a-dia.

A generalidade dos crentes não quer ter muitas dúvidas ou pensar muito sobre porque é que o Universo é como é: aprenderam dos pais que Deus existe, e têm dele uma ideia vaga de velho barbudo e bondoso, que criou o Universo e que castiga os adúlteros e criminosos.

A ideia que têm do Universo, por ser tão vaga e tão pouco questionada, parece fazer sentido.

Eles preferem não falar de religião. Respeitam as opções religiosas dos outros, claro! E conversas sobre religião só trazem discussões que não levam a nada...

Além disso, não querem questionar aquilo em que acreditam, nem experimentar a incerteza de mudar radicalmente a forma de ver o mundo.

Muitos são crentes para não terem de duvidar nem se questionar como faziam quando tinham 9 anos.

Muitos são crentes para não terem de duvidar nem se questionar, nunca mais.




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