terça-feira, julho 25, 2006

 

Viagem à teosfera

Há dias pus-me a navegar por blogues nunca dantes visitados e encontrei abundantes referências ao Diário Ateísta, com numerosos insultos e um santo ódio de amigos da missa e da hóstia, clonados nas sacristias da Igreja católica.

Julgá-los-ia suicidas islâmicos à cata de virgens e rios de mel se não fossem femininos alguns nomes e vernáculos os erros ortográficos e as derrapagens na sintaxe.

Perdoe-se a imodéstia, mas senti-me animado com o número de citações que me cabem e a aversão cristã que lhes mereço. Na origem dos despautérios só pode estar a ressaca da hóstia ou a pesada penitência de uma confissão.

Da subserviência ao Papa não me admirei, é a postura rastejante de quem julga que o pastor alemão é o vendedor de bilhetes para o Paraíso. O que me surpreendeu foi o ar bovino de quem critica e alvitra sobre o ateísmo que o Diário Ateísta devia defender.

Jamais me permitiria dizer como deve ser o cristianismo, o islão ou o judaísmo. Não tomo partido sobre as patranhas da fé nem pretendo melhorar a forma como os créus exploram o cadáver de Cristo e os versículos do livro único adoptado.

Pela minha formação humanista há muito que teria aliviado o Cristo da penosa coroa de espinhos e o tinha apeado da cruz, mas esse é um problema dos padres que exploram o sofrimento e acham apelativa a iconografia do calvário.

Quanto às ameaças expressas, não as levo a sério, são de catequistas de libido recalcada. Pretendem imitar o divino mestre quando entrou no templo, com excesso de alcalóides, e expulsou a golpes de azorrague os fariseus que, dando-se conta do estado de agitação do desordeiro, prescindiram de lhe partir as trombas.




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