terça-feira, agosto 29, 2006
Laicidade e tolerância
É interessante verificar que os muçulmanos franceses são mais tolerantes do que os seus vizinhos europeus e que em muito maior número consideram a identidade nacional mais importante do que a religião.
Segundo a sondagem, de acordo com o «Le Monde», em França 78% dos muçulmanos pensam que a sua comunidade deseja adoptar as tradições francesas enquanto apenas 41% em Inglaterra e 30% na Alemanha acreditam no desejo de integração.
Após a polémica da proibição do véu islâmico nas escolas públicas e as críticas à França (com a única Constituição europeia que expressamente impõe a laicidade) morrem os argumentos que tinham por objectivo aumentar a influência política das religiões.
Uma vez mais se digladiam duas concepções antagónicas, a defesa do comunitarismo e a supremacia da cidadania.
Não se pode combater a segregação mantendo-a e acabar com o «multiculturalismo» político mantendo o multiconfessionalismo do sistema educativo.
Como escrevia, há dias, Ricardo Alves, dirigente da Associação República e Laicidade:
«Enquanto o sistema escolar britânico não deixar de ser baseado em escolas segregadas religiosamente, problemas como o da Irlanda do Norte ou do 7 de Julho de 2005 não serão de resolução ou prevenção fácil».
Os factos acabam por desmentir a presunção.
Segundo a sondagem, de acordo com o «Le Monde», em França 78% dos muçulmanos pensam que a sua comunidade deseja adoptar as tradições francesas enquanto apenas 41% em Inglaterra e 30% na Alemanha acreditam no desejo de integração.
Após a polémica da proibição do véu islâmico nas escolas públicas e as críticas à França (com a única Constituição europeia que expressamente impõe a laicidade) morrem os argumentos que tinham por objectivo aumentar a influência política das religiões.
Uma vez mais se digladiam duas concepções antagónicas, a defesa do comunitarismo e a supremacia da cidadania.
Não se pode combater a segregação mantendo-a e acabar com o «multiculturalismo» político mantendo o multiconfessionalismo do sistema educativo.
Como escrevia, há dias, Ricardo Alves, dirigente da Associação República e Laicidade:
«Enquanto o sistema escolar britânico não deixar de ser baseado em escolas segregadas religiosamente, problemas como o da Irlanda do Norte ou do 7 de Julho de 2005 não serão de resolução ou prevenção fácil».
Os factos acabam por desmentir a presunção.
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