sábado, novembro 25, 2006

 

Os bispos não desarmam

Os bispos católicos consideram-se detentores da verdade única e vêem a Europa como coutada da Igreja Católica e um protectorado do Vaticano.

Lembram constantemente as origens cristãs do Continente como se não houvesse milhões de homens e mulheres que sentiram na pele a intolerância, as perseguições e as fogueiras purificadoras que bandos de eclesiásticos ateavam aos hereges. Mesmo entre os cristãos não esquecem os protestantes a violência do proselitismo romano e o espírito retrógrado do Concílio de Trento ou do Vaticano I.

A identidade da Europa reside na tolerância e no secularismo. A sua coroa de glória é a laicidade. A única bíblia é a Declaração Universal dos Direitos do Homem.

A sua vergonha é a inquisição, a reforma, a contra-reforma, as cruzadas e a última teocracia que resiste num bairro mal frequentado de Roma, com 44 hectares de sotainas, muitas arrobas de pias ossadas e imensos tesouros surripiados dos países pobres pelo poder que o Papa exercia ou pelo terror que infundia.

Do esclavagismo à tortura, da condenação à morte ao desterro, não houve maldade, infâmia ou crueldade que os sucessivos bandos de eclesiásticos, de mitra e báculo, não praticassem.

Os Papas foram quase sempre os responsáveis pelo atraso, ignorância e superstição dos povos. Ainda hoje infantilizam os crentes com milagres que embrutecem, orações que ensandecem e uma catequese que infunde o terror divino.

Qualquer referência ao cristianismo não é mera redundância, é um gesto de fanatismo que germina no coração do Papa e o pretexto para o proselitismo que é a tara comum às três religiões do livro.

É dessa demência mística, desse negócio da fé, que é preciso libertar a Europa.




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