domingo, janeiro 14, 2007
Da incompreensão da ciência

Este gráfico pode ser encontrado na revista Science desta semana em que são analisados os dados de um inquérito a 3673 americanos que expressam uma verdade quasi à la Palice: quanto menor o grau de instrução, independentemente da posição política ou das convicções religiosas, maior a probabilidade de se rejeitar a evolução. Outro aspecto interessante desta análise é o facto de o conservadorismo político nos Estados Unidos - associado ao partido republicano, isto é aos religious right ou teocratas, se traduzir numa maior probabilidade de uma posição anti-ciência.
Isto é, como indica PZ Meyers no indispensável Pharyngula, é um dado preocupante que muitos americanos não aceitem a evolução - e a ciência em geral - apenas porque essa é a posição anti-ciência do seu partido de eleição. Aliás, posição anti-ciência que poderá ser apreciada em breve já que a Câmara dos Representantes - agora com maioria democrata - aprovou uma nova resolução apoiando a investigação em células estaminais quemuito provavelmente irá ser mais uma vez vetada por G.W. Bush.
Como seria apenas expectável, William Dembski, um dos pais da IDiotia ou neo-criacionismo, insurge-se contra a análise de PZ Meyers em relação à correlação conservadorismo político e ignorância científica - sem sequer abordar a correlação entre o grau de instrução e a mesma - numa prosa completamente imbecil desmontada magistralmente por Larry Moran, o autor do livro pelo qual estudei bioquímica.
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