terça-feira, setembro 04, 2007

 

A santidade de Madre Teresa

Quando era criança ouvia com agrado as histórias do tempo em que os animais falavam. Eram divertidas e ingénuas e ajudavam a passar o tempo que às crianças parece lento e os velhos sentem voar.

A inventiva pouco fértil de quem contava, não elaborada e repetitiva, era, ainda assim, a fonte de entretenimento que alegrava as tardes e transmitia, com o carinho do contador, as mais inverosímeis narrativas e os mais desvairadas fábulas.

Pior era a doutrina onde o ar sério arruinava a diversão e a fantasia dava lugar ao medo e matava o sonho. Aí, o animal saía da escala zoológica e tornava-se Deus, um monstro sem corpo nem alma, uma alimária sem sentimentos nem piedade, uma fonte de terror e de vingança.

Esse Deus apocalíptico continua a viver no pensamento dos padres rurais e no coração dos bispos para aterrar os crentes e submetê-los à vontade do Papa. A ICAR não se preocupa com a santidade, vive do negócio dos milagres e do medo do Inferno que instila na clientela.

Que Madre Teresa não acreditasse em Deus é um pormenor que o pastor alemão explica, mas não admite que lhe retirem o diploma de beata pois é mais importante ser obediente ao Papa do que acreditar num mito.

A santidade que o Vaticano lhe atribui deve-se ao horror que a freira partilhava com JP2 pelo preservativo, à moral conservadora que os unia e ao programa de propaganda católica que teve a sede em Calcutá.




<< Home

Google
 
Web www.ateismo.net


As opiniões expressas no Diário Ateísta são estritamente individuais e da exclusiva responsabilidade dos seus autores, e não representam necessariamente a generalidade dos ateus. Os artigos publicados estão sujeitos aos estatutos editoriais.
As hiperligações para sítios externos não constituem uma recomendação implícita. O ateismo.net não é responsável nem subscreve necessariamente, no todo ou em parte, a informação e opinião expressa nesses sítios web.

This page is powered by Blogger. Isn't yours?