quinta-feira, outubro 04, 2007

 

Visitantes fundamentalistas

Vêm por vagas. Saem desencabrestados das sacristias e entram no Diário Ateísta como solípedes em busca de ração e desatam aos pinotes por falta de cevada e alfarroba. Ora, o DA não é um órgão paroquial, o Cavaleiro da Imaculada ou outra qualquer publicação de louvores à Virgem e hinos ao fundador da seita.

Porque respeitamos a liberdade religiosa, não vamos aos blogues pios a debitar insultos, não comparecemos nas missas a interromper as homilias, não visitamos o Vaticano para insultar o último teocrata europeu. Temos o tino suficiente para respeitar os negócios da fé e deixar os crentes à mercê das sotainas.

Ora, na casa que é nossa, no espaço que portugueses e brasileiros mantêm como farol do livre-pensamento, é legítimo que advirtamos os incautos para as mentiras da religião e os vícios dos seus padres. Só crê no martírio de Deus quem quer e só se comove quem acredita na improvável existência de quem nunca fez prova de vida ou manifestou o mais leve interesse pelo destino da Humanidade.

Ultimamente, uma legião de mitómanos assaltou as caixas de comentários do DA para negar os crimes da sua Igreja e reabilitar os piores correligionários. Não lhes levamos a mal o proselitismo e a mitomania, apenas nos surpreende a facilidade com que mentem, a satisfação com que insultam, a ousadia com que põem os pés - todos - na casa alheia e vêm insultar, caluniar e ameaçar os ateus.

Ninguém nos acuse de parcialidade contra qualquer religião. Achamo-las todas falsas, todas perigosas, todas violentas, verdadeiros alfobres de evangelizadores capazes de recorrer à bomba para mostrarem a superioridade do seu Deus.

O que acontece com os crentes mais recentes é que já não disfarçam o ódio que lhes merece a democracia, o desprezo que nutrem pela liberdade, a aversão à modernidade e a simpatia pelos regimes autoritários e antidemocráticos.

Deus é, de facto, um veneno demasiado perigoso. Pior do que se existisse.




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