quinta-feira, novembro 15, 2007

 

BRASIL - Troca de sinos por música electrónica

Roma, 13 nov (RV) - Ouvir as badaladas dos sinos do Vaticano ou do Mosteiro de São Bento, em São Paulo, na paróquia vizinha está-se tornando cada vez mais comum. A mágica é possível graças a um sistema eletrônico de sinos, que reproduz, por meio de alto-falantes, os sons das badaladas originais.

O Brasil é dos países que mais deve ao cristianismo. Os portugueses levaram a sífilis, a varíola e a fé. Os barcos deixavam jesuítas e escravos e traziam ouro e pedras preciosas que serviram para construir mosteiros, fazer ofertas ao Papa e deixar morrer na miséria portugueses e brasileiros.

O catolicismo é um vírus antigo que viajou de barco para a América do Sul a mando de D. Manuel I e de D. João III, de Portugal, e dos Reis Católicos de Espanha, um casal que não tomava banho mas não se esquecia de papar hóstias, rezar orações e perseguir judeus. A Península Ibérica foi sempre um antro do Vaticano e alfobre do catolicismo.

Valeram a Reforma e a Revolução Francesa para debilitar o poder das sotainas e, finalmente, Garibaldi para colocar o Papa no antro que ainda hoje é o seu habitat, depois dos acordos de Latrão celebrados com o pio fascista Benito Moussolini.

Quando Pasteur combateu os micróbios já o Iluminismo tinha combatido o vírus da fé e a vacina contra a raiva foi precedida pela Revolução francesa que imunizou as pessoas contra a superstição.

Hoje a ICAR é uma pálida ameaça da perigosa associação de malfeitores que organizou as Cruzadas e criou a Inquisição. Hoje, à falta de um braço secular que lhe queime os hereges, limita-se a vender indulgências, criar santos e exportar música electrónica.

No Brasil, como se vê, já se podem ouvir as badaladas dos sinos do Vaticano ou do Mosteiro de São Bento, em São Paulo. Basta pagar, porque a salvação da alma não tem preço mas custa dinheiro.




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