terça-feira, setembro 27, 2005
Momento Zen da segunda-feira
A visão de quem é cego
João César das Neves (JCN), pregador inveterado, prosélito genuflectido à vontade dos padres, é um créu que, à mais leve falta, vem em socorro da ICAR para penitência dos pecados que só ele e o seu confessor conhecem.
Em vez de pagar em orações, passar horas a rezar padre-nossos e ave-marias, JCN é o moço de recados do clero mais retrógrado. A defesa da criminalização do aborto é a penitência que lhe dão quando não se obriga a defender milagres.
Na homilia desta segunda-feira, que o Diário Ateísta leu no DN, por devoção e humor, JCN fala várias vezes de democracia como se a sua Igreja alguma vez tivesse estado a seu lado.
Não queremos privar os leitores do sermão «a cegueira de quem não quer ver». Por isso apenas dois reparos:
1 - «Os defensores da legalização, naturalmente, negam identidade humana ao embrião. Tal como os esclavagistas faziam com os negros ou os nazis com os judeus.» - escreve JCN. Onde escreveu «esclavagistas» podia ter escrito «Igreja católica» pois não se poupou ao comércio de escravos nem à vanguarda do anti-semitismo».
2 - Referindo-se aos que pretendem a alteração da lei que arrasta mulheres a tribunal, devassa a intimidade, humilha e condena à prisão, o plumitivo escreve: «Mas quantas mulheres querem salvar deste destino? Zero. Não há nenhuma! É um esforço intenso para libertar exactamente ninguém».
Então que malvadez o leva a defender uma lei que os juizes se coíbem de aplicar, a opinião pública despreza e a saúde pública condena, a menos que um imenso ódio às mulheres o leve a mantê-las sob a ameaça que as assusta e envergonha?
JCN acaba a homilia a citar a Bíblia, livro pouco lido e cada vez menos recomendável.
Nota: Por motivos imprevistos não foi possível colocar ontem este post.
João César das Neves (JCN), pregador inveterado, prosélito genuflectido à vontade dos padres, é um créu que, à mais leve falta, vem em socorro da ICAR para penitência dos pecados que só ele e o seu confessor conhecem.
Em vez de pagar em orações, passar horas a rezar padre-nossos e ave-marias, JCN é o moço de recados do clero mais retrógrado. A defesa da criminalização do aborto é a penitência que lhe dão quando não se obriga a defender milagres.
Na homilia desta segunda-feira, que o Diário Ateísta leu no DN, por devoção e humor, JCN fala várias vezes de democracia como se a sua Igreja alguma vez tivesse estado a seu lado.
Não queremos privar os leitores do sermão «a cegueira de quem não quer ver». Por isso apenas dois reparos:
1 - «Os defensores da legalização, naturalmente, negam identidade humana ao embrião. Tal como os esclavagistas faziam com os negros ou os nazis com os judeus.» - escreve JCN. Onde escreveu «esclavagistas» podia ter escrito «Igreja católica» pois não se poupou ao comércio de escravos nem à vanguarda do anti-semitismo».
2 - Referindo-se aos que pretendem a alteração da lei que arrasta mulheres a tribunal, devassa a intimidade, humilha e condena à prisão, o plumitivo escreve: «Mas quantas mulheres querem salvar deste destino? Zero. Não há nenhuma! É um esforço intenso para libertar exactamente ninguém».
Então que malvadez o leva a defender uma lei que os juizes se coíbem de aplicar, a opinião pública despreza e a saúde pública condena, a menos que um imenso ódio às mulheres o leve a mantê-las sob a ameaça que as assusta e envergonha?
JCN acaba a homilia a citar a Bíblia, livro pouco lido e cada vez menos recomendável.
Nota: Por motivos imprevistos não foi possível colocar ontem este post.
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