sábado, janeiro 14, 2006
Fátima - charlatanismo à solta
Há profissões exóticas. Vice-postulador da causa da beatificação/canonização dos pastorinhos é uma delas.
O padre Luís Kondor é uma espécie de mendigo junto da Prefeitura para a Causa dos Santos, um escritório do Vaticano destinado a promover bem-aventurados a beatos e santos.
É um pesquisador do sobrenatural que, à semelhança do geólogo que busca rochas nas entranhas da Terra, anda à cata do insólito com dedo da Providência, através do mundo católico.
O padre Kondor dedicou a vida à pesquisa de milagres para dois pastorinhos imolados pela fome, ignorância e falta de assistência médica. Demorou a descobrir um na pessoa de D. Emília, uma coxa curada à custa de orações e que morreu oportunamente, pouco depois, sã que nem um pêro.
Beatificadas as crianças, um feito inédito, com o mesmo zelo com que outrora a ICAR exumava cadáveres para queimar réprobos, logo o padre Kondor se lançou à procura de novos milagres para aproveitar um destinado à elevação a santos das pobre e infelizes crianças que a morte surpreendeu ou foi conveniente levar.
Com um novo milagre em vias de certificação canónica, na área dos diabetes, temos o padre Kondor a cumprir as previsões e a arremessar aos altares dois infelizes mandados apresentar prematuramente no Paraíso.
Agora resta a dúvida sobre a veracidade dos milagres. Se são verdadeiros, quem merece uma venera é Deus, desde que se apresente decentemente ataviado no Palácio de Belém.
Se são falsos, urge desmantelar a rede de falsários, cujos tentáculos vão de Fátima ao Vaticano, e evitar que a superstição faça esportular o óbolo aos mais desesperados, num interminável embuste com milhares de vítimas que jamais se queixam.
O padre Luís Kondor é uma espécie de mendigo junto da Prefeitura para a Causa dos Santos, um escritório do Vaticano destinado a promover bem-aventurados a beatos e santos.
É um pesquisador do sobrenatural que, à semelhança do geólogo que busca rochas nas entranhas da Terra, anda à cata do insólito com dedo da Providência, através do mundo católico.
O padre Kondor dedicou a vida à pesquisa de milagres para dois pastorinhos imolados pela fome, ignorância e falta de assistência médica. Demorou a descobrir um na pessoa de D. Emília, uma coxa curada à custa de orações e que morreu oportunamente, pouco depois, sã que nem um pêro.
Beatificadas as crianças, um feito inédito, com o mesmo zelo com que outrora a ICAR exumava cadáveres para queimar réprobos, logo o padre Kondor se lançou à procura de novos milagres para aproveitar um destinado à elevação a santos das pobre e infelizes crianças que a morte surpreendeu ou foi conveniente levar.
Com um novo milagre em vias de certificação canónica, na área dos diabetes, temos o padre Kondor a cumprir as previsões e a arremessar aos altares dois infelizes mandados apresentar prematuramente no Paraíso.
Agora resta a dúvida sobre a veracidade dos milagres. Se são verdadeiros, quem merece uma venera é Deus, desde que se apresente decentemente ataviado no Palácio de Belém.
Se são falsos, urge desmantelar a rede de falsários, cujos tentáculos vão de Fátima ao Vaticano, e evitar que a superstição faça esportular o óbolo aos mais desesperados, num interminável embuste com milhares de vítimas que jamais se queixam.
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