domingo, junho 18, 2006
O protocolo do Estado
O CDS, na sua beata subserviência à ICAR, é bem a imagem de um partido de joelhos e mãos postas, pior, um partido de rastos.
Ignorando o carácter laico do Estado e a lei da liberdade religiosa, mais preocupado com a salvação da alma do que com a dignidade do Estado, o CDS pretende infiltrar nos actos públicos o patriarca Policarpo, equiparado a ministro.
Esquece o devoto partido que o cardeal já é ministro, mas... do culto, e a separação Estado/Igreja não consente promiscuidade entre as duas entidades.
Aliás, se um cardeal fosse equiparado a ministro, seria justo equiparar um Ayatollah a primeiro-ministro e os bispo, mullahs e rabinos a secretários de Estado.
Para os padres ficaria a equiparação a presidentes da Junta enquanto os cónegos e os monsenhores precederiam os vereadores municipais.
Ao sacristão ficaria reservado um lugar equiparado a contínuo enquanto os catequistas iriam de braço dado com os escriturários fazer número nas recepções oficiais.
Isto não seria um protocolo de Estado digno de um país civilizado mas ficava a meio caminho entre os desejos do CDS (e não só) e as teocracias que florescem no islão.
Ignorando o carácter laico do Estado e a lei da liberdade religiosa, mais preocupado com a salvação da alma do que com a dignidade do Estado, o CDS pretende infiltrar nos actos públicos o patriarca Policarpo, equiparado a ministro.
Esquece o devoto partido que o cardeal já é ministro, mas... do culto, e a separação Estado/Igreja não consente promiscuidade entre as duas entidades.
Aliás, se um cardeal fosse equiparado a ministro, seria justo equiparar um Ayatollah a primeiro-ministro e os bispo, mullahs e rabinos a secretários de Estado.
Para os padres ficaria a equiparação a presidentes da Junta enquanto os cónegos e os monsenhores precederiam os vereadores municipais.
Ao sacristão ficaria reservado um lugar equiparado a contínuo enquanto os catequistas iriam de braço dado com os escriturários fazer número nas recepções oficiais.
Isto não seria um protocolo de Estado digno de um país civilizado mas ficava a meio caminho entre os desejos do CDS (e não só) e as teocracias que florescem no islão.
As opiniões expressas no Diário Ateísta são estritamente individuais e da exclusiva responsabilidade dos seus autores, e não representam necessariamente a generalidade dos ateus. Os artigos publicados estão sujeitos aos estatutos editoriais.
As hiperligações para sítios externos não constituem uma recomendação implícita. O ateismo.net não é responsável nem subscreve necessariamente, no todo ou em parte, a informação e opinião expressa nesses sítios web.