sábado, julho 01, 2006
O Céu ao alcance da classe média
O negócio das indulgências é uma velha actividade da Igreja católica que, a troco do vil metal, assegura transportes directos para o Paraíso.
As orações, constando do cardápio, nunca tiveram grande cotação no mercado da salvação da alma. Valor seguro para convencer Deus, por intermédio dos seus agentes, era o dinheirinho.
Na década de cinquenta do século passado bastavam quinze tostões anuais para integrar a ASSOCIAÇÃO DE NOSSA SENHORA DE ÁFRICA (colectividade e patrona hoje extintas). Era-se benfeitor por cinco escudos anuais enquanto um benemérito tinha de ofertar vinte.
Os crentes mais cautos desembolsavam 30$00, de uma só vez, para ficarem remidos e mais 100$00 se quisessem assegurar instalações celestiais para o resto da família, com direito a «Diploma de Remissão» para mostrar a Deus em caso de dúvida.
A referida Associação fora criada «para a conversão dos pretos», pio desígnio aprovado por Bento 15 e pelos Prelados Portugueses.
Aos clientes que esportulavam as importâncias referidas, era assegurada a «Remissão inteira dos pecados à hora da morte» - uma apólice para a felicidade eterna que permitia um número ilimitado de pecados, em quantidade e qualidade.
A ICAR tinha alvará para emitir apólices vitalícias de valor ilimitado para os danos que o pecador provocasse à alma.
Bastava a módica quantia de 30$00, de uma só vez, ou prestações suaves de 15 tostões anuais ao longo da vida. Se quisesse levar a família toda tinha que arrostar com mais 100 escudos, a pronto.
O Céu não tem preço mas custa dinheiro.
As orações, constando do cardápio, nunca tiveram grande cotação no mercado da salvação da alma. Valor seguro para convencer Deus, por intermédio dos seus agentes, era o dinheirinho.
Na década de cinquenta do século passado bastavam quinze tostões anuais para integrar a ASSOCIAÇÃO DE NOSSA SENHORA DE ÁFRICA (colectividade e patrona hoje extintas). Era-se benfeitor por cinco escudos anuais enquanto um benemérito tinha de ofertar vinte.
Os crentes mais cautos desembolsavam 30$00, de uma só vez, para ficarem remidos e mais 100$00 se quisessem assegurar instalações celestiais para o resto da família, com direito a «Diploma de Remissão» para mostrar a Deus em caso de dúvida.
A referida Associação fora criada «para a conversão dos pretos», pio desígnio aprovado por Bento 15 e pelos Prelados Portugueses.
Aos clientes que esportulavam as importâncias referidas, era assegurada a «Remissão inteira dos pecados à hora da morte» - uma apólice para a felicidade eterna que permitia um número ilimitado de pecados, em quantidade e qualidade.
A ICAR tinha alvará para emitir apólices vitalícias de valor ilimitado para os danos que o pecador provocasse à alma.
Bastava a módica quantia de 30$00, de uma só vez, ou prestações suaves de 15 tostões anuais ao longo da vida. Se quisesse levar a família toda tinha que arrostar com mais 100 escudos, a pronto.
O Céu não tem preço mas custa dinheiro.
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