quarta-feira, agosto 30, 2006

 

Religiões e liberdade

Quando julgamos que a religião que nos oprime é a pior há sempre a possibilidade de encontrar outra mais opressora.

A intolerância do catolicismo, as mentiras metódica e sistematicamente difundidas e a aliança com o poder, por mais cruel e abjecto que pudesse ser, não são um paradigma da fé sedeada no antro do Vaticano, são uma constante do clero dos vários monoteísmos.

Mesmo que não acreditem, os clérigos empenham-se em convencer os incautos de que Deus agarrou um apóstolo e lhe ditou as suas vontades. Por muito absurdas que sejam, por mais perversa que se afigurem, é difícil rever as parvoíces e os desígnios que lhe atribuíram os homens e se tornaram o ganha-pão dos sacerdotes.

Nenhuma religião dispensa os rituais iniciáticos nos filhos dos crentes avençados.

A circuncisão ou o baptismo são a nódoa que mancha os primeiros passos de um neófito como o ferro em brasa de uma ganadaria marca o gado.

A apostasia é a emancipação de um livre-pensador do dogma e das piruetas litúrgicas, a afirmação da liberdade perante as litanias do clero e dos seus satélites que, não raro, se converte em risco de perseguição e morte.

É preciso conhecer a demência do protestantismo evangélico, a estupidez cruel do Islão ou as idiotices do judaísmo ortodoxo para nos darmos conta do imenso capital de tolice e maldade que encerram as religiões reveladas, plágios sucessivos cada vez mais cruéis.

Deus podia ter sido um mito divertido mas converteu-se, por vontade dos autores, num biltre incapaz de se submeter às regras da urbanidade e da democracia, numa perversão apocalíptica que espalha o terror e imbeciliza os crentes.




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