terça-feira, dezembro 19, 2006

 

Deus é pior que a sarna

Os homens, à força de ouvirem que Deus existe, tornam-se crentes e, à medida que o repetem a si próprios, fazem-se beatos.

Deus é uma infeliz criação, difícil de aperfeiçoar. Enquanto as máquinas se melhoram, a partir da dúvida de que nunca são suficientemente perfeitas, Deus só pode piorar porque os clérigos garantem que é infinitamente bom e não admitem a discussão.

Com tal mercadoria minam-se as bases da civilização, perturba-se a paz, impede-se a solidariedade humana.

Deus não é apenas uma criatura pior do que o seu criador - o Homem -, e um troglodita incapaz de se regenerar, é o princípio do mal, o acicate de todos os ódios e crueldades.

Na base do racismo e da xenofobia está Deus na sua despótica inexistência, no seu primitivismo demente, um ser misógino e delinquente, manejado pelos fios invisíveis, tecidos pelas religiões, através dos prestidigitadores profissionais - os clérigos.

Deus e o Diabo são irmãos gémeos, filhos do medo dos homens e explorados em benefício do clero.

As peregrinações são actos de insensatez colectiva em direcção a locais onde os homens inventaram marcas de Deus, centros de exploração da fé e da superstição, locais de receptação onde se esbulham os haveres dos crentes para maior glória dos parasitas de Deus.

Se Deus existisse, os crentes ficariam satisfeitos por serem os únicos com direito a uma assoalhada no Céu para gozarem o ócio eterno na companhia da fauna celeste. Assim, vivem cheios de azedume, envergonhados da sua estultícia, ávidos de converter os outros aos seus próprios erros e fazer deles uns infelizes, à sua semelhança.

Um mundo sem Deus, ou mesmo com muitos, seria certamente mais pacífico, mas a loucura das religiões monoteístas querem fazer do Planeta um antro de fanáticos, de um único Deus, uma perigosa quimera que ensandece os homens, os assusta e imbeciliza.

Deus é um déspota imprevisível com lacaios que não o discutem nem o deixam discutir.




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