segunda-feira, outubro 15, 2007

 

Choque Cultural

Estes são alguns comentários de Mitchell Cohen, co-editor da revista Dissent e Professor de ciência política no Baruch College e na City University of New York, sobre qual a natureza do Novo Ateísmo.

«Conforme as religiões organizadas desenvolvem ideias negativas, desenvolvem igualmente ideias positivas. Até mesmo a nível politico e ético. Mas essas ideias devem ser traduzidas nos dias de hoje para uma linguagem secular, para que possam ser discutidas sem entraves.

Catolicismo tem uma tradição longa e muito própria de discutir «a Guerra Justa», e aí existem muitas ideias poderosas. No entanto esse estilo de persuasão, num debate democrático e contemporâneo, não pode ser baseado em «pontos de vista» de uma Trindade.


A mesma coisa com filósofos Judeus. Estes podem ter muitas opiniões válidas sobre justiça social, mas essas convicções não podem resultar de saber se Moisés recebeu ou não placas com mandamentos no Monte Sinai.

Islão tem tradições importantes em assuntos que se relacionam com pensamentos legais, mas estes valores, para uma sociedade democrática, não podem ser baseados em crenças que Maomé era um profeta.

Estas ideias têm de ser apresentadas para que o debate possa ser entre membros dessas religiões e todo os outros agentes de uma sociedade secular.»


É notório que o fundamentalismo religioso tem tentado entrar na arena da política, muitas vezes com uma atitude agressiva e intolerante. Seja com alterações de linhas de acção governativas, ou com escaladas no terror religioso, ou com estorvos no avanço do conhecimento. Estas são indescutivelmente, tentativas de regular a vida de biliões de pessoas.

E é esta a preocupação de um (novo) ateísta. Não é que os religiosos não possam ter a sua fé e as suas crenças! Não há nada de mais importante do que a liberdade individual. Mas a religião não deve, não pode, ultrapassar a esfera em que (se deve encontrar) encontra.

Mas os Tarcisio Bertone, os Pat Robertson, os Ali Khamenei não são capazes. Tudo o que seja que faça uma sociedade livre, pluralista, modernizada, aberta, é considerado como uma ameaça para estes, e deve ser «combatido», com rebeliões, com bombas em clinicas médicas, com fatwas.


E ai que reside o «choque cultural».

Para saber mais sobre Novo Ateísmo, viste o NOVA

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