domingo, outubro 21, 2007

 

paz no mundo

Estudiosos proeminentes da religião islâmica avisaram que «a sobrevivência do mundo está em perigo» se os muçulmanos e os católicos não tiverem um ambiente de paz entre eles. Numa carta «aberta» sem paralelo na história, 138 líderes estudiosos do Islão pediram aos líderes católicos para «haver uma aproximação das duas religiões para encontrarem os seus pontos comuns».

Na carta pode-se ler que «encontrar esse ponto comum não é apenas uma maneira politica de encontrar um dialogo ecunémico, mas porque as religiões católicas e islâmicas detêm entre elas 55% da população, o que faz as relações entre as duas comunidades um factor contributivo para a paz no mundo. Se muçulmanos e católicos não estiverem em paz, o mundo não estará em paz».

Alguns pontos rápidos em relação a esta iniciativa dos “estudiosos” do Islão

1. Para quem procura a paz, o silêncio dos mulás aquando dos consecutivos ataques terroristas feitos em nome do Islão, não é coerente.
2. Para quem procura a paz, não pode ter um regime teocrático como o Irão à procura de ter a capacidade de produzir um arsenal nuclear.
3. Para quem procura a paz, não pode estar sistemática a boicotar acções internacionais para resolver a questão palestina - israelita (e o mesmo para os fundamentalistas sionistas)
4. Para quem quer paz, não pode oprimir os seus próprios cidadãos, com penas de morte para a apostasia, ou opressão das mulheres e das minorias.

Quanto ao que é mais importante: mais uma vez temos os líderes religiosos a acharem-se como os salvadores de serviço da raça humana. Não só a maior parte das tensões mundiais têm fundamentos religiosos (Pakistão-India, Xiitas e Sunitas no Iraque, Muçulmanos e Católicos na ex-Jugoslávia, Moderados e extremistas religiosos no Maghreb, católicos ortodoxos e muçulmanos na Tchetchenia , tribalismo religioso em Africa, catolicismo e protestantismo na Irlanda do Norte, etc etc), é difícil acreditar que há vontade de se entenderem.

Claro que é de louvar que tentem se entender. A acção destrutiva da religião tende a ser cada vez pior se não for controlada. Mas não serão os líderes religiosos que o farão. Tem de ser as forças seculares a forçar esse processo: com uma ajuda à emancipação de religiosos que tenham dúvidas nas razões para ter fé, com a tentativa de haver uma maior abertura dos países muçulmanos ao ocidente, com um controlo do colonatos judaicos em Gaza, com a progressiva perda de influência da igreja católica nos corredores de poder da Europa ou dos evangelistas cristãos em Washington. Porque uma coisa é verdade, nós os ateus, nós os defensores de sociedades seculares, estamos igualmente nas mãos destas «mudanças de humor» religiosas.

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