sexta-feira, junho 17, 2005
Doutrinar embaixadores
O Papa Ratzinger-B16, no discurso ao embaixador maltês, teve a oportunidade de sublinhar a importância das «raízes cristãs da Europa». «Os malteses, coerentes com o seu património cristão, apercebem-se da importância da sua missão nesta fase da história europeia e mundial», disse. Bento XVI reiterou ainda que «Malta deve esforçar-se para que a União Europeia do terceiro milénio não esqueça o património de valores religiosos e culturais do seu passado». Valores religiosos que se opõem ao divórcio, à liberdade sexual, ao casamento de pessoas do mesmo sexo ou à investigação de células estaminais.
Por sua vez, ao embaixador da Nova Zelândia, B16 falou dos problemas da laicidade e da secularização das sociedades modernas, lembrando que «onde as raízes cristãs da sociedade são cortadas, a tarefa de manter a dimensão transcendente presente em cada cultura torna-se difícil». Claro que se esqueceu que os valores da laicidade e do secularismo existe para que as dimensões transcendentes de cada cultura não se sobreponham umas às outras no domínio público e que, assim, não se beneficiem certos grupos de indivíduos apenas por serem desta ou daquela cultura transcendental.
Ratzinger teve ainda tempo para afirmar que «para o bem da comunidade, é necessário que a liberdade religiosa seja garantida como um direito fundamental, protegido por um robusto sistema legal que respeite a vida e as regras próprias das comunidades religiosas». Claro que ele se refere ao seu - e apenas ao seu - conceito de vida e de respeito pelas regras de cada comunidade religiosa.
Por sua vez, ao embaixador da Nova Zelândia, B16 falou dos problemas da laicidade e da secularização das sociedades modernas, lembrando que «onde as raízes cristãs da sociedade são cortadas, a tarefa de manter a dimensão transcendente presente em cada cultura torna-se difícil». Claro que se esqueceu que os valores da laicidade e do secularismo existe para que as dimensões transcendentes de cada cultura não se sobreponham umas às outras no domínio público e que, assim, não se beneficiem certos grupos de indivíduos apenas por serem desta ou daquela cultura transcendental.
Ratzinger teve ainda tempo para afirmar que «para o bem da comunidade, é necessário que a liberdade religiosa seja garantida como um direito fundamental, protegido por um robusto sistema legal que respeite a vida e as regras próprias das comunidades religiosas». Claro que ele se refere ao seu - e apenas ao seu - conceito de vida e de respeito pelas regras de cada comunidade religiosa.
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