quarta-feira, setembro 21, 2005

 

O perigo romano

O papa actual, Bento 16, 265º pontífice da Igreja Católica, é o 7.º pastor alemão. De S. Pedro a João Paulo 2, a Igreja teve 212 papas italianos, 17 franceses, 11 gregos, 6 sírios, 6 alemães, 3 espanhóis, 3 africanos, 2 dálmatas (Croácia, antiga Dalmácia)), 1 português, 1 inglês, 1 cretense, 1 holandês e 1 polaco.

A discrição de B16 é motivo de perplexidade e apreensão, quando as diversas religiões praticam um proselitismo arcaico, como resposta ao fenómeno da globalização que põe em perigo a sua sobrevivência.

O poder militar, político e económico dos países onde a religião é poderosa vai ser decisivo para a supremacia no mercado da fé, a par do fanatismo dos crentes, objectivo que nenhuma descura sabendo que a cegueira religiosa é um factor determinante para a continuidade da crença.

A reaproximação entre B16 e Bernard Fellay, líder da Fraternidade Sacerdotal Pio X, é uma indicação quanto ao carácter reaccionário e agressivo do actual pontificado. A euforia com que o Opus Dei viu o cardeal Ratzinger tornar-se Papa é um sinal acrescido dessa orientação.

A guerra da ICAR contra governos democráticos, que dão passos progressistas em relação à contracepção, homossexualidade, divórcio, aborto, liberdade religiosa e libertação da mulher, denotam uma campanha concertada contra a laicidade dos Estados e uma intromissão intolerável na esfera política.

O carácter medieval do regresso ao exorcismo, em concorrência com a psiquiatria, e a insistência nos milagres e criação de santos, são indícios do carácter obscurantista e da apoteose do charlatanismo a que se dedica a Cúria romana, à semelhança do exemplo tribal e troglodita do Islão com quem se alia na defesa de leis retrógradas e com quem pretende competir na evangelização.

A segurança dos Estados democráticos não pode descurar a natureza subversiva das religiões e o carácter conspirativo dos seus padres, mantendo uma vigilância eficaz sobre os pregadores exaltados e conspiradores.
(Revisto)




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