quarta-feira, maio 31, 2006

 

Ateísmo e equidade

Sinto-me alvo de injustiça quando os católicos me acusam de privilegiar a sua Igreja em detrimento das outras.

Sempre considerei todas as religiões falsas. Nunca poupei os judeus das trancinhas à Dama das Camélias que execram a liberdade, a carne de porco e a integridade da Palestina. Nunca fui solidário com quem marra piamente no Muro das Lamentações, apenas sinto alguma piedade pelas pedras seculares e a sua preservação.

Não me canso de denunciar o carácter misógino das religiões do livro, a sanha contra a liberdade, a sua homofobia assassina, enfim, a glorificação de um Deus demente, cruel, sádico e apocalíptico.

Não vejo no protestantismo evangélico, que exige o ensino obrigatório do criacionismo nas escolas públicas e uma vida de acordo com as determinações bíblicas, maior abertura intelectual do que nos mullahs que deliram a lapidar mulheres adúlteras para deleite de Maomé.

O Papa, como vértice da pirâmide de anacrónicos sacerdotes do obscurantismo, tem, é certo, gozado de especial e merecido destaque. A forma como interfere, através dos núncios e das conferências episcopais, nas decisões democráticas dos países livres, torna-o um alvo apetecível.

Longe de mim considerar uma mentira melhor do que outra, uma religião menos perigosa do que a concorrente.

Mas não nos iludamos, não é nas mentiras da fé que está o perigo, é no poder do clero.




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