sexta-feira, outubro 05, 2007
Três tristes freiras
Itália - Uma briga entre três freiras do Convento Santa Clara, na Cidade de Bari, foi parar no Vaticano que deve dar uma solução para o impasse. As relações entre as irmãs Clarissa, que fazem parte da uma das ordens mais rigorosas da Igreja Católica, dedicando-se a uma vida de oração, penitência e contemplação, se deterioraram a tal ponto que a madre superiora, irmã Liliana, foi parar no hospital com arranhões no rosto e escoriações pelo corpo. Em carta ao papa Bento XVI, ela avisou que só a vontade de Deus seria capaz de tirá-la do local onde passou os últimos 44 anos de sua vida. Mesmo assim, o convento pode ser fechado.
Em Itália está em vias de mudar de ramo um convento em que as três últimas freiras, fartas de jejuns, orações e penitência, se envolveram à pancada. A gravidade do assunto aguarda a intervenção do gerente Bento XVI, director-geral da multinacional da fé a que as religiosas estão avençadas.
Não sei como é possível conservar cárceres privados em países civilizados, deixar conventos entregues aos carcereiros sem que assistentes sociais, psiquiatras e magistrados vigiem as condições de higiene, as liberdades individuais e as agressões psíquicas e físicas feitas em ambientes repressivos, sem respeito pela pessoa humana.
Pio IX, adversário da modernidade, dizia que a Igreja católica era incompatível com a liberdade e a democracia - sábias palavras de quem conhecia a ICAR. Foi ele o papa que excomungou o socialismo e o liberalismo e inventou os dogmas da Imaculada e o da sua própria infalibilidade. Era um reaccionário em estado bruto, um troglodita cujo Syllabus da encíclica Quanta Cura é um monumento de intolerância, fanatismo e torpeza intelectual.
Mas Pio IX, apesar da santidade que o supersticioso polaco JP2 lhe reconheceu, perdeu o poder temporal, e é hoje um atentado contra os direitos humanos deixar os conventos nas mãos de seitas de conduta duvidosa, passado arrepiante e mentalidade obsoleta.
É altura de libertar dos conventos as freiras e frades enclausurados contra a sua vontade ou vítimas de doenças mentais. A civilização é incompatível com os velhos redutos do poder temporal dos papas católicos.
Em Itália está em vias de mudar de ramo um convento em que as três últimas freiras, fartas de jejuns, orações e penitência, se envolveram à pancada. A gravidade do assunto aguarda a intervenção do gerente Bento XVI, director-geral da multinacional da fé a que as religiosas estão avençadas.
Não sei como é possível conservar cárceres privados em países civilizados, deixar conventos entregues aos carcereiros sem que assistentes sociais, psiquiatras e magistrados vigiem as condições de higiene, as liberdades individuais e as agressões psíquicas e físicas feitas em ambientes repressivos, sem respeito pela pessoa humana.
Pio IX, adversário da modernidade, dizia que a Igreja católica era incompatível com a liberdade e a democracia - sábias palavras de quem conhecia a ICAR. Foi ele o papa que excomungou o socialismo e o liberalismo e inventou os dogmas da Imaculada e o da sua própria infalibilidade. Era um reaccionário em estado bruto, um troglodita cujo Syllabus da encíclica Quanta Cura é um monumento de intolerância, fanatismo e torpeza intelectual.
Mas Pio IX, apesar da santidade que o supersticioso polaco JP2 lhe reconheceu, perdeu o poder temporal, e é hoje um atentado contra os direitos humanos deixar os conventos nas mãos de seitas de conduta duvidosa, passado arrepiante e mentalidade obsoleta.
É altura de libertar dos conventos as freiras e frades enclausurados contra a sua vontade ou vítimas de doenças mentais. A civilização é incompatível com os velhos redutos do poder temporal dos papas católicos.
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