sábado, agosto 11, 2007

 

O Vaticano e a sede de poder

A proposta do semanário britânico «Economist» para que o Vaticano abdicasse do estatuto diplomático e se transformasse em ONG foi mal recebida no bairro de 44 hectares que dá pelo nome de Santa Sé.

A prerrogativa de que o Estado do Vaticano goza, sem paralelo em qualquer outra multinacional da fé, é uma fonte de poder e um entrave a decisões humanitárias no combate à SIDA ou na defesa do aborto em situações de violação, incesto ou risco de vida para a mãe.

A definição de políticas de saúde da mulher e de contenção demográfica tem contado com a hostilidade e a intriga das sotainas, em promíscua aliança com o Islão, nos areópagos internacionais onde é constante a sua presença nefasta.

Assim, a sugestão do «Economist» era uma saudável medida de higiene internacional que o «ministro dos negócios estrangeiros» do Vaticano logo repudiou. Quanto maior for a pobreza e o desespero mais facilmente prospera a fé.

Surpreende a benevolência com que os Estados democráticos toleram a última teocracia europeia e o ditador de sapatinhos vermelhos. É tempo de uma desratização que afaste as sotainas dos centros de decisão política.

Os Estados comprometiam-se a não se intrometerem nos negócios da fé e as religiões a não se imiscuírem na política. A promiscuidade acaba mal. Como ensina a história.




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