sexta-feira, novembro 16, 2007

 

Liberdade da irracionalidade

A liberdade religiosa é tudo menos liberdade, invoca consecutivamente o direito de se imiscuir entre as sociedades sem que as sociedades se imiscuam no fenómeno religioso, tal como qualquer ideia exposta em qualquer contexto enfrenta a racionalidade Humana também o fenómeno religioso deveria enfrentar o que nos destingue dos seres irracionais, que por questões evolutivas não conseguem raciocinar, o Homem consegue o mesmo comportamento mas por questões de estagnação. Se em determinado contexto uma ideia se lança no debate por simplesmente ser emanada, seja no prisma político, no económico ou no gastronómico, no fenómeno religioso as ideias são emanadas livremente e isentas de filtragem racional em torrencialidades ignóbeis várias, desde as lavagens cerebrais televisivas até às simples interacções quotidianas, sem que tenham de atravessar qualquer tipo de debate intelectual, pois são religiões, dogmatização do dogma, irracionalidades perpetradas pelo medo de viver e pelo medo do além, pelo contexto social opressivo e pela infantilização da mente enquanto esta é jovem, as potencialidades de assim se manter variam mas são excessivamente recorrentes.

A contínua intrusão de idiotice quotidiana nas mentes humanas produz o fenómeno esperado de infantilização do animal racional que continua a usufruir da sua racionalidade mas em amarras firmes de condenação da sexualidade, de busca perpétua pelo sofrimento terreno e fuga ao prazer, a excelente deturpação dos existencialismos humanos que exponenciam os prazeres de uma minoria que se regozija no parasitismo. O facto é agravado com tendências imperialistas, as morais imorais definem antagonismos extremos, obediência à infantilização da mente ou mera hipocrisia que a transmita de alguma forma e a nuvem está conquistada, assim como o poder dos propaladores da virulência religiosa se avulta, recusa à estupidez e emancipação da racionalidade e consciência das concretudes das coisas e as carraças aparecem como cogumelos selvagens venenosos invocando a liberdade religiosa, ou seja, o parasitismo de invasão nos terrenos alheios e a coscuvilhice advinda de quem não possui vida própria, devidamente sugada por parasitas ignóbeis e vácuos.

No exercício da liberdade religiosa exercem a opressão da sexualidade, tentam legislar o que não é legislável, tanto quanto se identifica nos comportamentos advindos da fé e da censura aos inatos instintos sexuais Humanos naturais, as brincadeiras com a libido trazem horrendas consequências como a pedofilia e a violação, contexto próprio advindo de pessoas infantilizadas pela irracionalidade das histórias estapafúrdias e cujos desvios e metamorfoses emocionais se encarregam de demenciar. Fenómenos de criminalidade sexual advinda de celibatários são perfeitamente normais, a anormalidade reside na legislação antagónica à liberdade natural da existência Humana.

Também a liberdade religiosa se emana por oprimir a religião, qualquer contexto enviesante às ideias dominantes é combatido, tal como se afigura normalmente por interferir na liberdade religiosa dos que possuem enviesamentos, invocam a maioria da população como seguidora dos seus infantilíssimos dogmas para tentar atingir o poder absolutista, após conseguido invocam a maioria como enviesada dos seus lunatismos para exercerem e perpetuarem o poder, o fenómeno entra em circularidades enquanto a Razão não se imiscui no meio irracional e ilumina as mentes para a evolução, muitas vezes inexistente dentro da irracionalidade, o progresso Humano é um evolucionismo lento que arrasta atrás de si as irracionalidades estagnadas que o condenam quando lhes bem apetece, e que usufruem quando bem lhes apetece, a liberdade religiosa inclui o factor da hipocrisia demencial, é frequente interpretar um combate a algo inovador e seguidamente ver esse mesmo algo a ser usado e abusado por questões materialistas e propagandísticas, o fenómeno da comunicação é o mais evidente, mau por transmitir liberdade, bom por poder propagandear e urrar a estupidez.

A opressão e a propagação só conseguem advir da liberdade de fazer algo, interferir quotidianamente na vida dos indivíduos que emancipam o mínimo de individualismo Humano, a morte ao Ser Humano e o metamorfismo em Ser Religiosus, ou a massa completamente homogénea de existências, inexistências na concretude da fé. A liberdade religiosa identifica a uniformidade como exponenciação máxima dos indivíduos e sua aquiescência e demencial vontade em serem peças mecânicas de uma máquina da qual usufruem os perpetuadores das mentiras, para além da vontade do indivíduo totalmente mecanizado em reunir mais peças para o sistema.

Em todo e qualquer contexto existem indivíduos que simplesmente perscrutam a realidade e dela usufruem em esplendor, que renunciam à infantilização da mente, que atiram para o meio do entulho as legislações demenciais da vida privada, que matam a moral imposta em tenra idade e reinventam a sua própria moral, que constroem na mente um filtro inconsciente para a estupidez emanada das religiões e desenvolvem o intelecto e o conhecimento, que emancipam os prazeres e declaram guerras aos sofrimentos, que desfrutam das mais sublimes vontades naturais e emancipam os sentimentos, a fraternidade, a vivência totalitária de si mesmos na busca dos mais estimulantes e excelsos prazeres.

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